A morte do candidato à presidência Eduardo Campos (PSB) traz à tona, inclusive nas empresas, um tema importante: como superar a perda inesperada de um líder?

O especialista em liderança e desenvolvimento humano Alexandre Prates afirma que, num primeiro momento, o revés causa um abalo, mas, depois, o grande problema vira descobrir se há um sucessor pronto. “Além do impacto emocional, que é gigantesco, existe uma questão extremamente preocupante para as organizações, que é a sucessão.

A comoção em torno da perda do líder, por mais dura que possa parecer, vai passar.

A pergunta que fica é: quem vai assumir?”, afirma Prates. “Eis então que surge a grande preocupação: o líder preparou o seu sucessor?

E, geralmente, as organizações descobrem que não, pois, diante de todas as atribuições cotidianas, pensar no futuro não é prioridade.

Isso é um grande erro, pois pensar na sucessão é importante também quando a empresa decide expandir, e não apenas para estar preparada no caso de eventual tragédia.

A não formação de novos líderes ameaça a evolução de muitas organizações.” Para ser reerguer após o baque com a morte de um líder ou uma saída inesperada, o especialista diz que é preciso se apegar no propósito da organização e se inspirar no legado que o líder deixou. “Quando a empresa tem uma missão bem definida e uma visão que apaixona as pessoas, qualquer tragédia pode ser superada.

No exemplo do ocorrido com Eduardo Campos, a coligação deve levar esse propósito adiante e trazer as pessoas para essa missão.

E o sucessor deve se embrenhar no legado que ele deixou e fazer isso correr nas veias de todo o time”, alerta. “Não existe um modo fácil de superar uma tragédia, mas se a organização tiver um propósito para se apegar, as pessoas farão valer a pena”, finaliza Prates.