Atualizada às 20h22 O falecimento do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), ex-candidato à Presidência da República, causou comoção na classe política nacional.

Os principais concorrentes na disputa rumo ao Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), cancelaram as agendas de campanha desta quarta-feira (13).

Em nota oficial, Dilma afirmou que o País perdeu um grande brasileiro e disse que ele sempre lutou o bom combate da política. “Nesse momento de dor profunda, meus sentimentos estão com Renata, companheira de toda uma vida, e com os seus amados filhos.

Estou tristíssima”, escreveu.

Leia também: Eduardo Campos morre em queda de avião em São Paulo A Presidência da República também decretou luto oficial de três dias. “Sempre tivemos claro que nossas eventuais divergências políticas sempre seriam menores que o respeito mútuo característico de nossa convivência”, afirmou a presidente.

O ex-presidente Lula (PT) se disse profundamente entristecido com a morte do pernambucano. “Nesse momento de dor, eu e Marisa nos solidarizamos com sua mãe, Ana Arraes, sua esposa, Renata, seus filhos e toda a sua família, amigos e companheiros”, disse em nota. “O país perde um homem público de rara e extraordinária qualidade.

Tive a alegria de contar com sua inteligência e dedicação nos anos em que foi nosso ministro de Ciência e Tecnologia.

Ao longo de toda sua vida, Eduardo lutou para tornar o Brasil um país mais justo e digno”, escreveu o petista. “É com imensa tristeza que recebi a notícia do acidente que vitimou o ex-governador e meu amigo Eduardo Campos.

O Brasil perde um dos seus mais talentosos políticos, que sempre lutou com idealismo por aquilo em que acreditava”, escreveu Aécio no Facebook.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse que não era possível saber quem seria o presidente eleito em outubro, mas que Eduardo contribuiu para renovar a política brasileira.

Ouvido pelo Blog de Jamildo, o senador Humberto Costa (PT) afirmou que Pernambuco vive um momento de comoção como há muito não se via. “Sei o que ele representava em termos de importância para o nosso Estado e das mudanças que ele promoveu em Pernambuco.

Para o Brasil também”, afirmou.

Já o senador Cristovam Buarque (PDT) disse ao Blog que o socialista deixa uma reflexão no modelo político que o Brasil viveu nos últimos 20 anos. “Foi a morte de uma esperança que eu tinha”, disse.

Presidente do PSB de São Paulo, o deputado federal Márcio França disse que o partido está muito triste com a notícia. “Faleceu a maior liderança do momento do Brasil”, avaliou.