“Ele era gente muito boa”, descreveu o catador de materiais recicláveis Ricardo Fernandes, 41 anos.

Antes de conhecer Eduardo Campos (PSB), Ricardo era morador de rua e não tinha trabalho.

Na tarde desta quarta-feira (13), esteve no Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, para prestar homenagem ao presidenciável que morreu na queda do avião em que viajava em Santos, São Paulo.

O encontro foi há aproximadamente cinco anos, quando o catador costumava dormir próximo ao Teatro Santa Isabel, no Centro do Recife, em frente ao Palácio.

Ricardo conta que Eduardo estava a caminho do seu carro quando parou e perguntou do que precisava.

Diante do pedido do catador por uma casa e um emprego, questionou se ajudaria com o imóvel e uma carroça para que pudesse catar latinhas.

Segundo Ricardo, três dias depois o governador na época entregou a carroça e a chave da casa onde vive até hoje, no bairro dos Coelhos, área central da capital pernambucano.

No Palácio do Campo das Princesas, o clima é de tristeza entre os funcionários.

Muitos dos que trabalhavam com Eduardo choram e tratam o assunto como um projeto muito importante que foi interrompido.