O presidenciável Eduardo Campos (PSB) defendeu, neste domingo (10), em Pernambuco, investigações sobre a Petrobras.

A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar se a presidente da estatal, Graça Foster, omitiu informações sobre a compra da refinaria de Pasadena ao Senado e a existência de contratos com um grupo do marido dela, Colin Foster. “Não podemos omitir do Brasil o que houve com a maior empresa brasileira”, disse.

Para Eduardo Campos, como a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) suscitou denúncias de que combinaram com senadores do colegiado as perguntas que seriam feitas nos depoimentos, outros órgãos devem fazer apurações sobre a estatal, como a Polícia Federal e o Ministério Público. “Está levando muitas empresas privadas a fecharem sua porta, muitas demissões já no setor de petróleo, gás, offshore, naval em função dessa situação que vive a Petrobras. É preciso todo o esclarecimento necessário para que os responsáveis sejam punidos na forma da lei”, afirmou.

Em campanha em Salvador nessa quinta-feira (7), o candidato já havia dito que a presidente Dilma Rousseff (PT), sua adversária nas urnas, tem “toda a responsabilidade pela má governança” que levou a estatal a ser alvo de uma série de denúncias contra sua administração.

O balanço do primeiro semestre de 2014 divulgado pela Petrobras mostra que o lucro líquido da estatal foi 25% menor que o do mesmo período do ano passado.

Em 2014, o lucro da estatal também caiu 8% entre o primeiro e o segundo trimestre.

A empresa registrou ainda um aumento no deficit na sua balança comercial.

LEIA TAMBÉM: Mendonça Filho quer ouvir ex-contadora de doleiro na CPI da Petrobras Lucro da Petrobras cai 25% no primeiro semestre de 2014 NO REDUTO ELEITORAL - Neste domingo, dia do seu aniversário de 49 anos, Eduardo visitou um centro de tratamento de jovens dependentes químicos do Programa Atitude no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, durante a manhã. À tarde, comemora a data com a família na capital pernambucana.

No único compromisso de campanha do dia, o candidato prometeu quadruplicar a quantidade de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) voltados ao tratamento de dependentes de álcool e outras drogas no País.

Campos afirmou que o País precisa “vencer a luta contra as drogas” impedindo que as substâncias proibidas ultrapassem as fronteiras fortalecendo a segurança nesses locais.

Além disso, comentou o caso das alterações de perfis de jornalistas na Wikipédia feitas da rede do Palácio do Planalto: “O Palácio não pode virar um comitê eleitoral de uma força política para sair agredindo os que não concordam.” LEIA MAIS: “O Palácio não pode virar um comitê eleitoral”, diz Eduardo em Pernambuco