Graça Foster comanda a Petrobras.

Foto: Marcello Casal Jr/ABR Balanço do primeiro semestre de 2014 divulgado pela Petrobras mostra que o lucro líquido da estatal foi 25% menor que o do mesmo período do ano passado.

Nos seis primeiros meses deste ano, a empresa teve lucro de R$ 10,3 bilhões.

Na primeira metade de 2013, a Petrobras havia conseguido quase R$ 13,9 bilhões.

Em 2014, o lucro da estatal também caiu 8% entre o primeiro e o segundo trimestre.

Nos primeiros três meses do ano, a Petrobras havia tido lucro de R$ 5,3 bilhões.

Esse valor recuou para R$ 4,9 bilhões no segundo trimestre.

O lucro líquido representa a diferença entre as receitas de uma empresa e os seus custos de produção e de operação.

Leia o documento: Segundo o boletim divulgado pela empresa, a queda é justificada pelo impacto de despesas opeacionais como o Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), que custou R$ 2,3 bilhões aos cofres da empresa.

A Petobras também perdeu R$ 1,3 bilhão com a baixa de poços secos e quase meio bilhão com a devolução de capos de petróleo.

PRODUÇÃO - Apesar do balanço negativo, a petrolífera teve um leve aumento de 1,4% nas produção de petróleo e de gás natural liquefeito.

Durante o primeiro semestre de 2014, foram produzidos, em média, 1 milhão e 947 mil barris por dia dos dois podutos no Brasil.

São 26 mil a mais que o primeiro semestre de 2013.

O saldo foi conseguido com a entrada de novos sistemas de produção em operação: P-63 (Papa-Terra), P-55 (Roncador), P-62 (Roncador) e P-58 (Jubarte).

No mês de junho, a empresa também conseguiu os recordes de ser o mês com a melhor produção na área do pré-sal (477 mil barris diários).

Em 13 de julho, a estatal atingiu a maior produção diária nos poços de pré-sal; extraindo 546 mil barris.

DEFICIT E ENDIVIDAMENTO - A Petrobras registrou ainda um aumento no deficit na sua balança comercial.

Hoje, a empresa importa 526 mil barris por dia do que exporta para o resto do mundo.

O volume é 32% superior ao do mesmo período de 2013 e, segundo a estatal, é explicado pelo crescimento do mercado interno e pela queda nas exportações de óleo combustível.

O resultado é que o endividamento da empresa aumentou 9% em relação ao final de 2013.

A conta passou de R$ 221 bilhões para R$ 241 bilhões nos seis últimos meses.