Foto: BlogImagem Um dia depois de fazer uma “des-homenagem” aos deputados estaduais por destinarem as suas emendas parlamentares para shows em cidades do interior do Estado, o candidato do PSOL ao Governo do Estado, Zé Gomes Neto, classificou como “promíscuas” e “não-republicanas” as relações da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) com o Palácio do Campo das Princesas.

O ataque foi direcionado ao presidente da Alepe, Guilherme Uchoa (PDT), que comanda o Legislativo há oito anos com o apoio do ex-governador Eduardo Campos (PSB). “A independência entre os poderes está corrompida”, afirmou.

Zé Gomes garantiu que não terá problemas em governar tendo minoria na Casa, caso seja eleito governador, porque a população vai cobrar dos parlamentares que apoiem uma agenda de mudanças para o Estado.

O candidato também evitou se declarar pessimista em relação a pouca estrutura de que dispõe sua campanha e afirmou que espera chegar pelo menos ao segundo turno.

Pesquisa do IPMN divulgada pelo Jornal do Commercio apontou que ele tem 1% das intenções de voto.

Hoje, o PSOL dispõe de apenas 1 minuto e 16 segundos no guia eleitoral e enquanto seus principais adversários, Armando Monteiro Neto (PTB) e Paulo Câmara (PSB), arrecadaram mais de R$ 3 milhões, o partido levantou apenas R$ 7,4 mil. “Eles precisam apresentar obras de ficção”, disse. “Paulo Câmara maquiou sua prestação de contas”, criticou ainda, levantando a hipótese de o dinheiro ter sido levantado através de doações indiretas.

MARÍLIA - Questionado pelo Blog de Jamildo, Zé Gomes comentou a polêmica envolvendo a cadelinha do comitê do PSB que recebeu o nome da vereadora do Recife Marília Arraes (PSB), rompida com a campanha do partido. “É algo de muito mau gosto”, disse o candidato, que viu machismo na nomenclatura. “As pessoas são livres para ter sua posição política”, defendeu.

Zé Gomes ainda classificou como “desculpa” o fato de terem surgido animais com nomes de outras lideranças do PSB no comitê. “A desculpa deles não é muito boa”, afirmou.