Movimento que nasceu nas redes sociais em oposição ao #OcupeEstelita, o Ocupe-se busca ser uma voz contrária aos posicionamentos defendidos pelo?s integrantes do Direitos Urbanos.

Sem motivação partidária declarada, o grupo tem o objetivo, segundo descrição no perfil do Facebook, de ser favorável ao desenvolvimento do Recife, da atração de investimento privado e da geração de empregos na cidade.

A página nasceu no último dia 7 de junho e tem 35 mil seguidores.

Tentando desvincular-se de qualquer ?ligação partidária ou econômica com as construtoras, os advogados Carlos Arthur Ferrão Júnior e Luiz Augusto Correia, ?dois dos 25 administradores do perfil, pontuam a legitimidade da causa, mas criticam o expediente adotado pelos participantes do?

Ocupe Estelita. “A gente gasta o nosso tempo de maneira gratuita.

O povo fala que vamos ganhar apartamento, então 35 mil pessoas ganharão também”, ironizaram os? rapazes.

Condenando a intolerância a opiniões divergentes no Direitos Urbanos, o advogado Luiz Augusto ? disse ter tentado expor as suas opiniões no grupo, mas sempre era rechaçado. “Não adianta tentarmos qualquer tipo de debate, porque já somos taxados de vendidos, trolls ou argumentam que não amamos o Recife”, comentou.

Segundo Carlos Arthur, o objetivo é questionar a manipulação das informações.“O Ocupe-se conseguiu dar voz ?à?s pessoas que pensam contrárias ao movimento”, justificou.

Os organizadores da página também pretendem ampliar o projeto por meio da criação de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Pública (OSCIP). “O Ocupe-se tornou-se uma voz dissonante e temos como missão desmistificar alguns boatos que foram construídos e se propagam sem ter o mínimo de verificação”, contou Carlos Arthur.

Ao longo da conversa, a dupla? afirmou que as críticas, quando? feitas, serão ?direcionadas aos gestores à frente de órgãos executivos?, não a eles como políticos.?

CESTA BÁSICA - Outra crítica feita pelo grupo, e apresentada em sua página no Facebook, diz respeito ao sorteio de cestas básicas no Coque por pessoas ligadas ao movimento Ocupe Estelita, que durou 50 dias e foi encerrado no último dia 10 de julho.