Veja o que disse Aécio Neves sobre a relação com o MST. “Nosso governo será um governo cumpridor da lei, mas será um governo sempre absolutamente aberto ao diálogo.

Vou dar um dado aqui que talvez surpreenda a alguns que não trabalham especificamente esta questão.

Ao longo dos três últimos governos, tivemos entregues à reforma agrária, distribuídos no processo de reforma agrária e, me refiro aos três últimos governos - FHC, Lula e o da atual presidente - 72 milhões de hectares.

Pra fazer uma comparação, a área plantada de grãos do Brasil ocupa 54 ou 55 milhões de hectares.

Foi o governo da atual presidente da República que menos fez pela reforma agrária.

Dos 72 milhões apenas 2,5 milhões foram distribuídos no governo da Presidente Dilma.

Aprendi já muito cedo que a simples distribuição da terra não traz como consequência direta a geração da renda. “O que precisamos é ter uma visão mais ampla do processo de reforma agrária que houve até aqui, requalificando esses produtores, garantindo assessorias, acesso a tecnologias e apoio à comercialização, para que não continue a ocorrer, como disse recentemente um falante ministro palaciano, vendo os nossos assentamentos se transformando em favelas rurais.

Vamos resgatar os assentamentos como algo como instrumento importante de geração de renda, estimulando ali que produzam e que possamos apoiar pequenos produtores”. “A relação será de um lado sustentada na legislação e por outra no diálogo.

E pretendo ter tanto com esse movimento, quanto com outros movimentos, naturais, democráticos, que existam na sociedade brasileira, uma relação absolutamente republicana.

E posso já garantir aos senhores que o meu governo avançará na questão da reforma agrária, com regras, com segurança jurídica, muito mais do que avançou o governo da atual Presidente da República”.

Sobre eficiência em obras. “Planejamento é essencial e projetos bem executados.

Você não consegue fazer uma obra de forma adequada, sem que haja um projeto técnico feito de forma adequada.

Vamos iniciar um governo fazendo um mutirão de qualificação dos projetos e as obras quando licitadas serão licitadas pelo valor, viável, pelo valor que garante sua conclusão”. “O que acontece hoje?

O governo é muito mais preocupado em lançar as obras, em lançar os slogans, do que em ver essas obras sendo concretizadas. É a realidade hoje, tenho andado pelo Brasil, ninguém esta me dizendo.

Eu fui à beira do São Francisco, passei na beira da Transnordestina, fui ao Centro-Oeste ver como é que estavam os projetos de irrigação, são obras que quando muito mal conduzidas, algumas delas muitas delas abandonadas”. “Então não iniciarei uma obra que não tenha um prazo de conclusão, pode até ser que esse prazo não seja no meu governo, mas haverá o financiamento.

O que fizemos em Minas?

Havia a garantia do financiamento para todas as obras, não lançamos uma sequer que não pudesse ser concluída.

Todas as obras que lá lançamos foram concluídas pelo preço estabelecido previamente porque existia projetos e no prazo adequado.

Disse há pouco e repito, não existe desperdício maior de dinheiro publico do que você começa-lá e abandoná-la”.