Foto: divulgação Um dia depois que o ministro da Fazenda, Guido Mantega (PT), afirmou ao jornal O Estado de São Paulo que o governo federal não irá aumentar tarifas administradas após a eleição, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), candidato à Presidência da República, questionou nesta sexta-feira (1º) a credibilidade de Mantega à frente da equipe econômica brasileira e afirmou que o aumento “já está na gaveta para depois da eleição”. “O ministro da Fazenda vai aos jornais dizer que é conversa pra boi dormir, que não vai ter tarifaço.

Primeiro, o ministro da Fazenda não deveria usar esse tipo de termos.

Segundo, se ele está dizendo que não vai ter tarifaço, é porque vai ter”, afirmou Campos em um discurso para jovens em Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Leia também: No Sul, Eduardo Campos sugere que Dilma e Aécio não têm legitimidade para ser presidente “É só examinar o que ele anda dizendo, que tudo o que ele diz acontece ao contrário.

Ele disse que o juro não ia subir, e o juro explodiu.

Ele disse que o Brasil ia crescer, o Brasil está caindo.

Ele disse que não ia ter desemprego, está tendo desemprego.

Se ele está dizendo que não vai ter tarifaço, pode anotar aí é porque já está na gaveta para depois da eleição”, disse.

Campos também voltou a rebater os questionamentos de que não terá dinheiro para colocar em práticas as promessas ousadas que tem anunciado, como passe livre estudantil e aumentar para 10% da receita bruta de União o investimento no Sistema Único de Saúde (SUS). “O dinheiro vai vir porque o Brasil será bem governado”, disse. “Não como hoje”, atacou. “O software que está rodando em Brasília, é um software pirata. É um software que é feito por Sarney, por Renan, por Collor.

E infelizmente eu digo: a presidenta Dilma se entregou a esse jogo.

E nós não podemos entregar o Brasil a esse jogo”, disse ainda o presidenciável.