Um dia depois de o candidato da oposição Armando Monteiro Neto (PTB) fazer duras críticas às contas públicas do governo Eduardo Campos e João Lyra, o secretário estadual da Fazenda, Décio Padilha, apresentou nesta quinta-feira (31) o relatório de gestão fiscal de Pernambuco relativo aos seis primeiros meses do ano.
Saúde e educação figuraram entre as duas áreas que receberam mais investimentos estaduais.
Na área da saúde, houve aporte de R$ 2,2 bilhões, que correspondem a 18,2% a mais do que o orçamento de 2013, quando foi investido R$ 1,8 bilhão.
Em educação, a despesa global foi de R$ 1,4 bilhão, que representa o incremento de 24,3%, ano passado foram R$ 1,1 bilhão.
As contas do Estado fecharam com superávit de R$ 588 milhões.
Segundo Padilha, os gastos em educação são relativos essencialmente ao investimento nas escolas integrais, na compra de tablets, em escolas técnicas e na manutenção das unidades educacionais.
Na saúde, a abertura de novos hospitais, das Unidades de ProntoAtendimento e das UPAEs correspondem a grande parte do orçamento. “A escola integral duplica o custeio em relação a uma regular”, exemplificou. “A saúde e a educação equivalem a aproximadamente o custeio total do Estado”, disse o secretário.
O secretário da Fazenda destacou que o investimento mínimo previsto pela constituição federal para educação é de 25% e Pernambuco aplicou 28%.
Na saúde, o mínimo é 12% e Recife investiu entre 15 e 16%.
DÍVIDA PÚBLICA - De acordo com o balanço da Secretaria da Fazenda, o Estado está com 43% da receita corrente líquida comprometida para o pagamento da dívida pública, referentes a empréstimos contraídos com bancos federais e internacionais para realização de obras no Estado.
Em números absolutos, isso representa R$ 7,3 bilhões do erário público para o pagamento da fatura.
Apesar de elevado, o número vem decrescendo nos últimos seis anos.
De 2006 a 2014, a redução foi de 34%, segundo Padilha.
RESULTADO PRIMÁRIO - No entanto, o resultado primário, valor referente aos recursos que entraram e saíram no cofre do Estado, no primeiro semestre apresentou um saldo negativo de R$ 149,9 milhões.
Décio Padilha explicou que isso aconteceu porque a quantidade investimentos foi maior no primeiro semestre deste ano.
No primeiro semestre de 2013, o Estado apresentou um resultado primário de R$ 808 milhões.