Foto: reprodução do Twitter de Eduardo Campos Sabatinado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) se colocou como o único candidato à Presidência da República capaz de levar o Brasil a um “bom lugar”.

O pernambucano fez duras críticas à situação econômica e produtiva do País e chegou a dizer que a “marolinha”, expressão com a qual o ex-presidente Lula (PT) classificou a chegada da crise econômica no País, era um problema mais profundo. “O presidencialismo de coalizão não vai levar o brasil a um bom lugar.

Só levará o Brasil pra trás”, disse. “Eu e a Marina representamos a única possibilidade de quebrar o presidencialismo de coalizão e unir o brasil em torno de uma nova agenda”, afirmou. “As circunstâncias que cercam a presidente Dilma hoje e cercam o candidato Aécio são de conservar essa política que cansa os brasileiros”, avaliou Campos, citando os adversários. “Por mais séria que seja a pessoa, não terá força política para fazer o novo”, afirmou.

Leia também: À indústria brasileira, Eduardo Campos diz que não se pode ter preconceito com lucro Na CNI, Eduardo Campos afirma que terceirização precisa ser revista Eduardo Campos defende retomada da relação entre do Brasil com EUA, Europa e China Diante de boa parte do PIB brasileiro, o presidenciável fez questão de defender que não se pode ter preconceito com lucro porque ele trava o desenvolvimento.

A fala pode ser uma referência ao esquerdismo do PT. “É preciso não ter preconceito com o lucro num País capitalista.

Você pode até sonhar com outra realidade.

Mas enquanto você vive num País capitalista, o preconceito com o lucro mata o investimento”, defendeu.

O socialista voltou a criticar o leque de alianças federal e a forma de distribuição de cargos no governo federal. “O Brasil não aguenta mais quatro anos acompanhado de Sarney, Collor, Renan, impondo suas vontades ao País”, criticou.

Campos ainda defendeu a necessidade de rever o modelo de fiscalização que é utilizado no País e pregou um diálogo tripartite entre governo, empresários e trabalhadores para ampliar a produtividade e reduzir os gastos com questões trabalhistas.

Delicado, o ex-governador evitou falar na perda de garantias trabalhistas e citou um diálogo entre empresários e trabalhadores capaz de chegar a um consenso. “A visão clara do empresariado brasileiro moderno não está reivindicando que se retire as garantias conquistadas”, avaliou.

O pernambucano também defendeu que o Brasil deve retomar a sua relação com as grandes economias mundiais, citando Estados Unidos, Europa e China.

O candidato prometeu destravar o Mercosul para permitir a realização de acordos bilaterais e disse que o posicionamento internacional do País não pode ser galgado pelo preconceito.

O ex-governador esteve acompanhado da sua vice, a ex-senadora acriana Marina Silva (PSB/Rede).

Ele também voltou a repetir promessas já realizadas durante a campanha como fazer a reforma tributária no primeiro semestre de 2015, dar independência ao Banco Central e criar o Conselho Nacional de Responsabilidade Fiscal.

Campos ainda garantiu que vai implantar a produtividade na gestão pública do Brasil e que iria se comprometer pessoalmente com essa agenda. “O que falta é uma palavrinha mágica que essa eu conheço.

Se chama gestão.

Capacidade de acompanhar até o fim”, disse.