Ao ser abordado sobre a situação dos produtores de cana da Zona da Mata, no jantar-debate do grupo Lide-Pernambuco, o senador Armando Monteiro Neto, do PTB, candidato ao governo do Estado pelas oposições, em aliança com o PT, acabou criticando indiretamente a política energética do governo Dilma, ao reclamar do fim da Cide e da política de preços para o etanol pela Petrobras. “Várias unidades fecharam na Zona da Mata.
O setor de etanol (álcool) sofre no Brasil inteiro.
Os problemas são causados pela compressão do preço da gasolina, contido em níveis inferiores prejudica o etanol (o preço do produto é atrelado ao da gasolina).
Não temos reajustes realistas e acabou-se com a Cide.
Eu defendo subsídios sociais, mais aqui no Nordeste do que no Sul, pois temos menos mecanização e condições topográficas adversas.
Seria melhor do que programas sociais”, disse Armando Monteiro.
Sabe quem concorda com ele?
Nesta quarta, em evento na CNI, por coincidência, o candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) criticou a política de congelamentos dos preços da gasolina, praticada pelo governo Dilma Rousseff.
Segundo ele, tanto o combustível quanto a energia estão com preços represados por razões eleitorais, já que um aumento teria impacto na inflação e efeitos negativos à campanha de reeleição da presidente. “Acho que o governo atual está segurando até outubro [OS PREÇOS]”, afirmou durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (30) na CNI (Confederação Nacional da Indústria). “A Petrobras precisa ser respeitada em seu planejamento.
Precisa de uma política de preços definida, que não possa ser objeto da interferência do Estado”, disse.
No evento do Lide, nesta segunda-feira, aparentemente buscou fugir da defesa intransigente do setor. “Não dá para reativar algo que seja antieconômico.
Tem que ver se faz sentido, do contrário, é o modelo paternalista que está condenado a não se sustentar”, observou.