Numa crítica velada a postura esquerdista do PT, partido da presidente Dilma Rousseff, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que também disputa a Presidência da República, defendeu na manhã desta quarta-feira (30), em sabatina na Confederação Nacional da Indústria (CNI), que o Estado brasileiro não pode ter preconceito com o lucro. “É preciso não ter preconceito com o lucro num País capitalista.

Você pode até sonhar com outra realidade.

Mas enquanto você vive num País capitalista, o preconceito com o lucro mata o investimento”, disse.

Campos argumentou que se a legislação levar os empreendedores ao prejuízo, eles não irão querer investir.

O pernambucano iniciou a sua fala no encontro, que ocorre em Brasília, dizendo que a “marolinha”, expressão usada pelo ex-presidente Lula (PT) para se referir ao impacto que a crise econômica internacional teria sobre o Brasil, se mostrou um grande desafio.

Ele pregou uma revisão na gestão macroeconômica brasileira.

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA - Campos ainda ensaiou a defesa de uma mudança na legislação trabalhista brasileira ao criticar os elevados gastos das empresas com questões empregatícias. “É possível fazer um diálogo tripartite entre empresários e trabalhadores”, defendeu. “O BRA precisa discutir um marco regulatório da terceirização.

E é preciso ter coragem de fazer esse debate”, afirmou ainda.