e redação do Blog Foto: reprodução da sabatina.
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (28), durante sabatina, que o pedido de desculpas apresentado pelo Santander pelo episódio do informe do banco, que sugeriu que a reeleição da petista levaria a uma piora da economia, foi “protocolar”. “Esse pedido de desculpa foi bastante protocolar”, disse Dilma, que afirmou que pretende conversar com o banco a respeito.
Dilma disse ainda que acha “muito perigoso” especular em situações eleitorais e que é “inadmissível” qualquer interferência nesse sentido.
Perguntada pelos entrevistadores se o Santander havia feito essa interferência, Dilma respondeu: “A pessoa que escreveu a mensagem (do Santander) fez isso, sim, e é lamentável e inadmissível”.
Ela também afirmou que existe no país um “jogo de pessimismo inadmissível”.
Mesmo questionada, Dilma não disse se pretendia processar o banco pelo episódio.
Ela também afirmou que ainda não conversou com ninguém da instituição sobre o tema.
O banco Santander enviou neste mês aos clientes de mais alta renda um extrato no qual apontava risco de deterioração da economia brasileira caso a presidente Dilma se reelegesse.
Sobre o fato, o presidente mundial da instituição, Emílio Botín, afirmou que o informe “não é do banco, mas de um analista”.
Na nota, o presidente reafirmou a confiança no crescimento do país.
CRISE - A presidente afirmou que nenhum país se recuperou economicamente da crise.
Dilma lembrou que diziam que a recuperação seria liderada pelos desenvolvidos.
No entanto, a recuperação tem sido modesta, com taxas de crescimento se desacelerando. “O FMI pretende revisar quase todas as taxas de crescimento para baixo” afirmou.
A presidente disse que o Brasil enfrentou a crise nesse período sem cair na pior situação.
Ela lembrou que os países emergentes tiveram uma redução bastante grande da taxa de crescimento. “Crescemos 2,5% em 2013.
Dos países do G-20, estamos entre os seis ou sete que mais cresceram.
O Brasil enfrentou a crise e sem cair naquela que é a pior situação em todos os países”, afirmou a presidente.
Ela lembrou que o País gerou 11,5 milhões de postos de trabalho de 2003 a 2014, sendo 5 milhões no meu governo", disse.