A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, 28, que guarda dinheiro em casa porque incorporou o hábito da época em que foi perseguida e presa durante o regime militar.

A declaração de bens da presidente de Dilma ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deste ano apontou que ela tem R$ 152 mil em dinheiro vivo. “Uma parte disso a gente deposita ao longo do ano em poupança”, disse, lembrando que chegou a dormir de sapato por um tempo depois de passar três anos presa durante a ditadura.

Dilma disse ainda que dá parte do dinheiro que guarda para a filha, Paula Rousseff.

MAIS MÉDICOS - Ao defender o programa Mais Médicos, que leva profissionais de saúde para áreas desassistidas do País, a maioria deles cubanos, a presidente Dilma Rousseff afirmou que sanções impostas a Cuba como o bloqueio americano são uma “um despropósito” no século 21. “Do México para baixo, todos os países aprovaram o fim do bloqueio a Cuba”, declarou Dilma.

Para justificar o Mais Médicos, ela disse que eram necessários mais de 14 mil novos médicos para atender demandas do Brasil, sobretudo no interior, no Nordeste e nas periferias das grandes cidades.

Dilma também afirmou que a importação de médicos ocorre por um período determinado e que o País deve investir na formação de profissionais para suprir a demanda.

Sobre as críticas ao programa, como a diferença de salário entre os médicos de Cuba e os provenientes de outros países, Dilma disse que os cubanos recebem parte do pagamento no Brasil e parte é depositado na Ilha. “Os médicos ganham aqui e lá”.

A presidente participou de uma sabatina por Folha, UOL, SBT e rádio Jovem Pan, já encerrada.

A entrevista aconteceu no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República em Brasília.