Eduardo Campos tinha Ariano Suassuna como ‘grande professor’.

Na foto, ele acompanha o escritor no Carnaval deste ano.

Crédito: Hélia Scheppa/JC Imagem Sempre presente ao lado do ex-governador Eduardo Campos (PSB) ao longo da vida política, o escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, falecido nesta quarta-feira (23), era considerado um verdadeiro “amuleto” para o político.

Na despedida não foi diferente.

Visivelmente emocionado com a notícia da morte do ‘grande professor’, o candidato à Presidência da República destacou o legado deixado pelo escritor e afirmou que Ariano deixa um “exemplo de dignidade e amor ao Brasil” que todos os brasileiros deveriam seguir. » VEJA O ESPECIAL DE ARIANO SUASSUNA DO NE10 » Lula e Dilma prestam última homenagem a Ariano Suassuna » Políticos pernambucanos exaltam contribuição de Ariano para raízes culturais do Estado “O Brasil perde a maior expressão da cultura popular brasileira.

Nós perdemos um amigo, um conselheiro, uma referência de toda a vida.

Mas Ariano deixa um exemplo de dignidade, que todos nós brasileiros devemos seguir.

Exemplo de austeridade, amor ao povo e amor ao Brasil, amor a cultura e amor a ética”, destacou Campos. “Então, viva a Ariano Suassuna e ao seu exemplo de vida”, acrescentou.

Casado com a tia de Renata Campos, esposa de Eduardo, Ariano Suassuna era tido pelo ex-governador como “um tio, um avô, um pai, uma referência”, como ele mesmo descreveu.

Na campanha de 2006, na qual Eduardo ganhou o primeiro mandato como governador de Pernambuco, a militância do PSB foi embalada pela música Madeira do Rosarinho, que tornou-se um verdadeiro hino de campanha na voz de Ariano.

Segundo Campos, o maior legado deixado por Ariano foi a capacidade para confiar no Brasil, no povo brasileiro e respeitar a cultura do país.

O escritor foi secretário de Cultura de Pernambuco de 1994 a 1998, durante o governo Miguel Arraes, e também atuou no mesmo cargo como secretário especial do ex-governador Eduardo Campos, neto de Arraes.

Ariano era entusiasta da candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República.