O Polo Eólico do Complexo Industrial Portuário de Suape recebe a construção da primeira fábrica de flanges eólicas do Brasil.

Sem alarde, a empresa Iraeta, ligada ao grupo espanhol Gonvarri, iniciou, na última semana, as obras da unidade que vai ter 5,5 mil metros quadrados de área construída.

O investimento total é de R$ 70 milhões.

A fábrica ainda contará com máquinas importadas da Espanha e uma geração de aproximadamente 75 empregos diretos.

De acordo com o diretor do site do grupo Gonvarri em Suape, Paulo Coimbra, a produção será iniciada a partir de 2015, com a fabricação de aproximadamente quatro mil flanges por ano.

As peças são os anéis responsáveis por unir os tramos (espécie de cilindros) que formam as torres eólicas e servirão para abastecer a demanda da Gestamp, fabricante de torres e primeira unidade do grupo no Complexo, cuja demanda anual é de cerca de três mil flanges.

A expectativa é que o excedente seja fornecido para outras empresas no Brasil. “Suape é o centro de desenvolvimento do polo eólico de Pernambuco e, com a chegada da Iraeta, fortalecemos a cadeia produtiva das grandes peças. É importante ressaltar que o trabalho de atração de investimentos para o setor também inclui a implantação de uma cadeia de suprimentos”, explica o vice-presidente do Complexo de Suape, Caio Ramos.

Para prospectar negócios, Suape se tornou, em 2012, o primeiro porto membro da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEeólica).

Além disso, marca presença nos principais eventos e feiras de energia eólica do mundo.

Além da Gestamp, o Polo Eólico de Suape é formado hoje por outras duas fábricas em operação: a argentina Impsa, que produz aerogeradores, e a dinamarquesa LM Wind Power, fabricante de pás eólicas.

Juntas, as três indústrias instaladas somam investimentos de R$ 422 milhões e empregam 3.300 funcionários.

A fábrica de flanges do Complexo será a terceira da empresa Iraeta no mundo, que está presente também na Espanha e na China.

Criado há 35 anos, o Complexo Industrial Portuário de Suape é a âncora e a locomotiva do desenvolvimento econômico de Pernambuco.

Seu território de 13,5 mil hectares abriga um dos melhores portos públicos do País e 105 empresas, que, juntas, empregam 25 mil trabalhadores diretos.

Outras 45 empresas estão em implantação.

Estes empreendimentos somam mais de R$ 50 bilhões.