Por meio de um artigo publicado nesta sexta-feira (18) na Folha de S.

Paulo, o economista Eduardo Giannetti, um dos principais interlocutores da ex-senadora Marina Silva na área econômica, criticou o que ele chamou de “idolatria ao PIB”, que seria a priorização do crescimento econômico, em detrimento de um desenvolvimento social. “Além do passivo ambiental, a idolatria do PIB tem causado graves prejuízos ao bem-estar humano”, escreveu. “O culto ao PIB como métrica de sucesso ou fracasso das nações virou uma espécie de religião do nosso tempo.

O crescimento é o objetivo supremo em nome do qual governos são eleitos ou rejeitados nas urnas e um antropólogo marciano poderia até imaginar que a sigla PIB nomeia nossa divindade-mor na vida pública enquanto o consumo dá sentido à existência na esfera privada”, argumentou.

As críticas vêm no momento em que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), de quem Marina é vice na corrida presidencial, tem desferido diversas críticas contra a presidente Dilma Rousseff (PT) porque seriam responsável pelo pior crescimento econômico do regime democrático. “Pior que crescer pouco ou crescer mal, só mesmo uma combinação judiciosa das duas coisas.

E não é que o Brasil tem conseguido!”, arremata Giannetti no final do texto, reproduzindo o discurso de campanha.

O economista participa da formulação do plano de governo do PSB.