Na tentativa de desatar o nó que se tornou o projeto Novo Recife, a Prefeitura do Recife propôs uma audiência pública nesta quinta-feira (17), na Faculdade Fafire, para expor as oito premissas do projeto que devem orientar o Consórcio Novo Recife no redesenho do projeto, que prevê a construção de 12 torres de 21 a 40 andares no Cais José Estelita, situado no bairro de São José, área central da capital pernambucana.
As reformulações no projeto devem ser entregues à construtora até o fim deste mês.
Elaborado pelo Instituto Pelópidas Silveira, com colaborações de entidades da sociedade civil, o trabalho está aberto para receber propostas de cidadãos em um prazo de 15 dias, contados a partir de hoje.
As contribuições devem ser enviadas pelo e-mail: diretrizesantoniovaz@recife.pe.gov.br A redação final do texto das diretrizes foi elaborada com base em contribuições recolhidas do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Ordem de Advogados do Brasil (OAB).
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Católica de Pernambuco e Observatório do Recife, sem contar nas colaborações dadas após as reuniões com o movimento Ocupe Estelita e o Consórcio Novo Recife.
Proporção do terreno do Estelita em outras áreas da cidade.
Traçado em vermelho.
Fonte: PCR Apesar de as sugestões elencadas pela PCR não citarem diretamente redução no número de andares ou quantidade de prédios construídos, uma das propostas considera o fato de a área estar localizada em uma área com perfil histórico e, ao mesmo tempo, contemporâneo, que incluem prédios altos (na Ilha do Leite) e casarios (no bairro de São José, Santo Antônio).
Dentre as propostas, também está prevista a implantação de prédios com uso ativo, que propõe o uso das habitações por pedestres, numa tentativa de evitar o ‘isolamento’ da área do resto da cidade.
Outro ponto diz respeito à implantação de um sistema de espaços públicos interligados à malha urbana.
A recuperação das habitações que compõem a Ilha de Antônio Vaz (bairros de Santo Antônio, São José, Cabanga e Joana Bezerra) também estão contempladas nas sugestões.
Pontos ligados ao meio ambiente e à redução das zonas de calor, que podem ser geradas com a construção dos prédios, também compõem as premissas elencadas pela PCR.
A presidente do Instituto Pelópidas Silveira, Eveline Labanca, deixou claro em sua explanação que as premissas não estão finalizadas, mas fazem parte de uma construção coletiva que a prefeitura está propondo junto aos cidadãos.