Osório Siqueira assumiu no lugar de Julio Lóssio, afastado por motivo de saúde.
Foto: divulgação Por Franco Benites Do Jornal do Commercio desta quinta-feira (17).
O ano não é de eleição municipal, mas os ânimos estão acirrados em Petrolina, no Sertão.
Ontem, todo o secretariado pediu demissão ao prefeito interino, Osório Siqueira (PSB), que assumiu o cargo há poucos dias no lugar de Júlio Lóssio (PMDB), licenciado por problemas de saúde.
De acordo com Daniel Campos, ex-secretário de Comunicação, a decisão é uma resposta à atitude do atual gestor de exonerar os secretários de Finanças, Júlio Lóssio Filho (tio do prefeito licenciado) e de Ciência e Tecnologia, Nilton Matsumoto. “Quando Osório assumiu, o discurso era de continuidade da gestão.
Mas depois ele resolveu demitir os dois secretários com a justificativa de que era preciso mudar para dar uma marca própria à gestão.
Em solidariedade aos nossos colegas, pedimos demissão de maneira irrevogável.
Agora, ele pode ficar à vontade para formar uma nova equipe”, declarou Daniel Campos.
A reportagem ligou para a prefeitura, mas a secretária do prefeito disse que ele só falaria sobre o assunto hoje, em uma coletiva de imprensa.
O filho do prefeito licenciado, Júlio Lóssio Filho (homônimo do secretário demitido), disse que o foco da família é cuidar do gestor.
Julinho, como é conhecido, disse que “em quanto menos tempo o pai melhorar, melhor para Petrolina, que está nas mãos de quem perdeu a eleição e não aceita a derrota”.
Ele disparou críticas aos adversários do pai na cidade. “Enquanto meu pai estava na UTI, Fernando Bezerra (PSB) estava no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tentando viabilizar a sua cassação.
Dizem que até na guerra o respeito aos feridos existe”, comentou, por e-mail.
Júlio Lóssio pediu licença de 60 dias para cuidar da saúde - ele se recupera de um AVC -, e o vice-prefeito Guilherme Coelho (PSDB) abriu mão de assumir a gestão de Petrolina para disputar um mandato na Câmara dos Deputados.
Com a decisão, o cargo de prefeito ficou com Osório Siqueira, presidente da Câmara Municipal e adversário de Lóssio.
Ao assumir o cargo, o socialista afirmou que daria continuidade às ações do prefeito licenciado e que torcia para a melhora de sua saúde.
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