Bandeiras e cavaletes da Frente Popular dificultam a passagem em vários pontos da cidade.

Foto: Guga Matos Do Jornal do Commercio deste sábado (12) Por Mariana Mesquita Nesta primeira semana de propaganda oficial, a Frente Popular de Pernambuco, dos candidatos Paulo Câmara e Fernando Bezerra Coelho, ambos do PSB, já motivou mais de uma dezena de denúncias de irregularidades junto ao Tribunal Regional Eleitoral.

As representações foram abertas pelos advogados da coligação adversária, Pernambuco Vai Mais Longe, integrada por Armando Monteiro (PTB) e João Paulo (PT), e tratam da colocação de bandeiras em áreas públicas, como o calçadão de Boa Viagem, o Primeiro e o Segundo Jardins, no mesmo bairro, a ponte do Pina e a Praça de Casa Forte. “Da segunda até a sexta, realizamos nove representações e já ganhamos quatro.

Outras ainda serão julgadas”, explicou o advogado Rodrigo Albuquerque, da coligação de Armando, que deu entrada ontem em mais três denúncias. “Estão fixando bandeiras em praças, inclusive na de Casa Forte, que é patrimônio histórico.

No Primeiro Jardim não havia mais espaço para circular, com bandeiras fixas e cavaletes avançando na área dos sinais de trânsito e das faixas de pedestre”, relatou.

Ainda de acordo com ele, tanto os moradores como os estabelecimentos comerciais dessas áreas estão insatisfeitos, e os militantes socialistas têm agido de forma agressiva contra os que reclamam da situação. “Tentaram agredir o pessoal de nosso escritório que foi lá, documentar as infrações”, acusou.

A legislação eleitoral permite o uso das 6h às 22h de cavaletes, cartazes e bandeiras, “desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do tráfego de pessoas e veículos”.

Eles são expressamente proibidos em viadutos, pontes, passarelas, paradas de ônibus, árvores e jardins.

Por conta das denúncias, a Frente Popular acumula um total de quatro multas diárias de R$ 500, estabelecido nas quatro liminares dos desembargadores eleitorais Júlio Cezar Santos da Silva e Marcelo Navarro Dantas, concedidas nos dias 7 e 10 de julho.

Contudo, o advogado Carlos Neves, da Frente Popular, negou ter recebido ordem para retirar o material nas áreas do Pina e Cabanga. “Vamos seguir a lei.

Se o juiz mandar, nós tiramos, e se for o caso, recorremos depois”, resumiu ele, argumentando que os adversários não começaram sua campanha nas ruas, e por isso o foco da fiscalização está apenas na Frente Popular.