Joel Maurino e Conceição Antero - líderes da greve da PM - vão disputar uma cadeira na Alepe.

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem Apesar de ter bradado em cima de um trio elétrico que não sairia candidata nas eleições em outubro deste ano, a ex-comandante da Polícia Militar, tenente-coronel Maria da Conceição Antero Pessoa, reviu o posicionamento e resolveu disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

A oficial registrou a candidatura para deputada estadual pelo Partido Progressista (PP), na coligação Pernambuco que Quero. ] Durante a paralisação, o Blog contextualizou a instrumentalização do movimento para fins políticos. À época, questionada pela reportagem do Blog se havia interesse em ingressar na carreira política, a coronel afirmou que não tinha vontade, mas “se fosse instada pelos companheiros não iria descartar a possibilidade”.

Tenente-coronel da Polícia Militar registra candidatura no TRE.

Foto: reprodução site O soldado Joel Maurino – lotado no 18º Batalhão da Polícia Militar, um dos organizadores da paralisação e voz forte entre os homens da base da corporação – também lançou candidatura para deputado estadual.

O candidato disputa a vaga pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS), que compõe a chapa com o PP.

O soldado da Polícia Militar (PM) Alberisson Carlos, uma das lideranças da greve da PM em maio, que saiu vencedor das eleições para a presidência da Associação de Cabos e Soldados e Bombeiros Militares de Pernambuco (ACS-PE), também disputará uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PTB.

A greve da PM nasceu em meio a uma crise dentro da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), entidade que esteve no epicentro da luta sindical da categoria, há quase 20 anos.

Por isso, esta não seria a primeira vez na história pernambucana que um movimento grevista alçou os líderes a uma posição de líder político.

Na greve de 1997, o movimento grevista coincidiu com a ascensão de lideranças tanto da Associação dos Cabos e Soldados quanto da Associação dos Oficiais, Subtenentes e Sargentos da Polícia e Bombeiro Militar. » João Lyra pediu a Dilma apoio da Força Nacional durante greve da PM Passada a manifestação, ganharam visibilidade policiais que, mais tarde, terminariam seguindo carreira política. É o caso do soldado Moisés, que foi eleito deputado estadual, e do então major Alberto Feitosa, que também conquistou uma vaga na Assembleia Legislativa.

A reportagem tentou entrar em contato por telefone com a tenente-coronel mas ela não atendeu ou retornou os telefonemas.