No dia em que Eduardo Campos (PSB) vem ao Recife para reforçar a campanha do afilhado político, o ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara (PSB), o adversário do socialista, Armando Monteiro Neto (PTB), afirmou, em entrevista a uma rádio local, que, ao contrário de Câmara, não precisa de um padrinho.

Questionado se há uma data para que o ex-presidente Lula (PT) suba no seu palanque, Armando disse que a agenda do petista é complicada, por ser uma “presença desejada em todos os estados do Brasil”. “Costumamos dizer que Lula e Dilma não são nossos padrinhos, são nossos aliados.

Não dependemos deles para andar.

Nós temos o nosso currículo, a nossa história, as nossas trajetórias.

Aprendemos a caminhar sozinhos”, afirmou.

Se a crítica a Paulo Câmara primeiro foi velada, depois só faltou ganhar nomes: “O fato é que o outro candidato nao dispõe de um currículo político e, por isso, tem uma dependência do padrinho.” Armando também alfinetou os socialistas ao falar sobre o governador João Lyra Neto (PSB).

Para o candidato, Lyra está conduzindo o mandato com equilíbrio. “Houve companheiros do seu próprio partido que se apressaram em criticá-lo”, disse, sobre o posicionamento de Eduardo Campos a respeito da ação policial na reintegração de posse do terreno no Cais José Estelita, no mês passado.

Na opinião do petebista, apenas foi cumprida a ordem do poder judiciário.