Fotos: Renata Dorta/NE10 Com informações de Renata Dorta, do NE10 Depois de mais de 24 horas, os ativistas do Ocupe Estelita que acampavam no hall da sede da Prefeitura do Recife deixaram o local nesta terça-feira (1º).
Os manifestantes saíram do prédio depois que o secretário municipal de Segurança Urbana, Murilo Cavalcanti, desceu e leu uma nota enviada à imprensa nesta tarde.
O grupo, com alguns mascarados, se reuniu em frente ao prédio, depois de desmontar as barracas e saiu em protesto até o Cais José Estelita.
Na saída, um dos integrantes escreveu na rua que “a cidade não está à venda”. “Essa porrada que a gente levou hoje é pior”, disse a arquiteta Cristina Gouveia em frente à PCR, se referindo à reintegração de posse do terreno no Cais José Estelita, no último dia 17, com o uso da força policial, considerado violento pelos manifestantes.
Com a ação, a ocupação foi transferida para o viaduto Capitão Temudo.
Em duas semanas, exatamente um mês após a ação, haverá a audiência pública para debater o redesenho do Projeto Novo Recife, que prevê 12 torres de aproximadamente 40 andares e R$ 62 milhões em ações mitigatórias.
Ao passar pela Fan Fest, no Cais da Alfândega, o grupo teve o primeiro momento de tensão.
A entrada no espaço foi bloqueada pela cavalaria da Polícia Militar.
Em seguida, o grupo seguiu pela Avenida Dantas Barreto.
OPINIÃO: Na PCR, Ocupe Estelita questiona autoridade de Geraldo Julio LEIA MAIS: CTTU monta bloqueio na Ponte do Limoeiro Prefeitura do Recife diz que vai executar desocupação a qualquer momento Ocupe Estelita promete deixar PCR com comunicado oficial Audiência para discutir Novo Recife será no dia 17, às 14h Sem alarde, Geraldo Julio pede desocupação do prédio da PCR.
Justiça concede Movimento Ocupe Estelita pede que MPPE seja mediador da negociação Os ativistas ocuparam o hall na manhã dessa segunda-feira (30), durante reunião entre o prefeito Geraldo Julio (PSB) e as entidades que participam do processo de negociação para a revisão do Projeto Novo Recife, que prevê 12 torres de aproximadamente 40 andares e R$ 62 milhões em ações mitigatórias: OAB, UFPE, Unicap, IAB, CAU, Crea e Observatório do Recife.
O objetivo era participar do processo e solicitar a troca da mediação da PCR para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Após um dia de impasses, em que o prefeito condicionou a realização de uma reunião à desocupação, o grupo foi recebido pelo secretário de Juventude e Qualificação Profissional, Jayme Asfora, mesmo sem a saída dos manifestantes.
Jayme Asfora foi alvo de duas bananas nessa segunda.
O encontro durou cinco horas e acabou com a proposta de que deixassem a sede da PCR até as 14h desta terça, limite dado pelo Executivo para o cumprimento da ordem de desocupação assinada pelo juiz Rosalvo Maia Soares, da comarca da capital.
Ainda na reunião, foi marcada uma reunião entre os ativistas e o prefeito para esta quarta-feira (2).