Com informações de Paulo Veras, repórter do blog Ativistas do Ocupe Estelita acampados no hall da sede da Prefeitura do Recife nesta segunda-feira (30) definiram uma comissão formada por sete representantes do grupo e pedem uma reunião com o prefeito Geraldo Julio (PSB) e secretários municipais para apresentar uma das suas demandas: que a PCR passe a responsabilidade sobre a negociação para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). “O prefeito tem que se colocar como parte”, afirmou a advogada Luana Varejão.
Para Liana Cirne Lins, o Executivo municipal não do grupo Direitos Urbanos, a Prefeitura não se mostrou capaz de mediar a negociação para o redesenho do Projeto Novo Recife, que prevê 12 torres de aproximadamente 40 andares no Cais José Estelita, no Centro da capital pernambucana.
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Geraldo Julio porque a ação aconteceu depois que o processo de negociação havia sido aberto e um dia após terem sido estabelecidos prazos para audiências públicas e para o redesenho do Novo Recife pelo consórcio homônimo formado por Moura Dubeux, Queiroz Galvão, GL e Ara Empreendimentos; O governador João Lyra (PSB), por causa do uso da força da Polícia Militar, considerado excessivo pelo movimento.
Após a reintegração de posse, o Ocupe passou para o Viaduto Capitão Temudo.
A comissão foi deliberada após a proposta das entidades que participam das negociações de que o prefeito recebesse os manifestantes e, em contrapartida, eles desocupassem o hall da PCR.
Liana Cirne, Cristina Gouveia, Chico Ludermir, Leonardo Cisneiros e outros ativistas que estão no movimento desde o seu início foram escolhidos para compor a comissão.
No entanto, quando o grupo iria conversar com o prefeito, o gestor municipal se reuniu com secretários para definir se aceitaria uma reunião com os ocupantes, já que eles não aceitam deixar o edifício.
O atendimento no primeiro andar foi suspenso pela PCR, mantendo o funcionamento dos outros andares, das secretarias municipais.