Foto: Luísa Duque Belfort/reprodução do Facebook Ativistas ligados ao movimento Ocupe Estelita realizam um protesto no hall de entrada da Prefeitura do Recife na manhã desta segunda-feira (30).
O grupo cobra participação em uma reunião marcada para as 10h entre o prefeito Geraldo Julio (PSB) e sete entidades da sociedade civil para discutir o processo de redesenho do projeto Novo Recife, empreendimento que será construído no Cais José Estelita, no bairro de São José.
Leia também: Consórcio terá 30 dias para redesenhar Novo Recife após audiência pública Consórcio Novo Recife concorda em revisão de projeto, mas pede fim do Ocupe Estelita Segundo a assessoria da PCR, a reunião desta segunda teria o objetivo de passar às entidades informações sobre o processo de rediscussão do projeto e definir os próximos passos; inclusive como seria realizada a audiência pública para apresentação de novas propostas para a área e o modelo de negociação com o Ocupe Estelita e com o Consórcio Novo Recife.
A reunião acontecerá com as setes entidades que haviam aprovado a proposta de negociação da PCR, que prevê a revisão do projeto em 30 dias após a realização da audiência pública.
A pedido dos ativistas, o prefeito encaminhou o modelo para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Era esperado que fossem apresentadas novidades sobre a análise do MPPE neste encontro.
Imagem: reprodução da Internet O secretário de Desenvolvimento e Planejamento Urbano, Antônio Alexandre, que está à frente das negociações, propôs uma reunião paralela para ouvir as demandas dos manifestantes.
Os manifestantes, porém, pediram para cancelar a reunião anteriormente marcada.
Dentre as demandas apresentadas, também foi pedido para que a PCR passasse para o MPPE a coordenação do processo de rediscussão do projeto Novo Recife.
O secretário de Juventude, Jayme Asfora e os secretários executivos de Segurança Urbana, Eduardo Machado, e de Governo e Participação Social, Gabriel Leitão também estão conversando com os manifestantes.
Em entrevista à repórter Ana Maria Miranda, do NE10, o ativista Lucas Alves, disse que há quase um mês o Ocupe não têm uma resposta da PCR. “Queremos pressionar o prefeito para receber o movimento, já que hoje ele está se reunindo com outras entidades”.
De acordo com ele, barracas foram montadas no hall da prefeitura e não há previsão para a saída. “Os próximos passos iremos definir dependendo da decisão do prefeito”, afirmou Lucas.
Pré-candidato à deputado estadual pelo PSOL, Edilson Silva afirmou também que quer garantido o direito de passar um mês em frente à PCR, caso seja necessário. “Vamos infernizar a vida política dele”, disse, em referência ao prefeito Geraldo Julio. “Qualquer inauguração que ele for fazer, nós vamos estar lá”, garantiu.
O terreno no cais onde o Novo Recife será construído foi ocupado por militantes ligados ao grupo Direitos Urbanos no dia 21 de maio, após o início da demolição dos galpões existentes no local.
A reintegração de posse ocorreu no dia 17 de junho.
A ação da Polícia Militar foi criticada e causou problemas políticos para o governador João Lyra Neto (PSB).
Até o antecessor dele, o ex-governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB), teria se queixado da ação.
Antes disso, porém, a PCR já havia suspendido o alvará de demolição dos armazéns.
No dia 5 de junho, as empresas que compõem o consórcio concordaram com a revisão do projeto.
Elas pediram, porém, que houvesse a desocupação do terreno.