Foto: Agência Estado Em convenção realizada na manhã desta sexta-feira (27), em Salvador, o PTB confirmou o apoio à candidatura do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e até apresentou o nome de Marlene Machado, esposa do deputado federal Campos Machado (PTB-SP) para a vice do tucano.
A aliança, que havia sido antecipada em primeira-mão pelo Blog de Jamildo, enfrentava resistência de uma ala do partido que preferia seguir na base da presidente Dilma Rousseff (PT); da qual pertencia o senador pernambucano Armando Monteiro Neto (PTB).
Segundo informações do jornal Folha de S.
Paulo, Armando deixou a convenção assim que o apoio a Aécio foi confirmado.
O senador é o único candidato a governador da legenda e disputa o Governo de Pernambuco em uma aliança com o PT e com apoio de Dilma e do ex-presidente Lula (PT).
Leia também: Armando Monteiro está na convenção do PTB para tentar reverter apoio a Aécio Aécio Neves anunciará acordo do PSDB com o PTB nacional.
Aliança impedirá Armando Monteiro de usar imagem de Lula e Dilma em Pernambuco PTB-PE diz que decisão nacional foi tomada à revelia dos diretórios estaduais e mantém apoio a Dilma Armando Monteiro vai trabalhar para reverter apoio do PTB a Aécio Neves Deputados do PTB de Pernambuco tentam reverter aliança do PTB com Aécio Neves Bancada federal do PTB contesta orientação da direção e quer apoio à reeleição de Dilma Armando, que inicialmente havia planejado mandar apenas um representante ao evento, mobilizou os dez delegados a que Pernambuco tinha direito para tentar demover o indicativo de apoio a Aécio da Direção Nacional, entre os quais os deputados federais José Chaves e Jorge Côrte Real.
A decisão de apoiar Aécio, porém, não se deu por votação, mas por aclamação.
As principais resistência ao apoio tucano partiram justamente dos diretórios de Pernambuco e do Rio Grande do Sul.
Segundo o jornal paulista, Armando teria feito o discurso mais contundente e se queixado que não recebeu nem um telefonema o consultando sobre a aliança. “Eu merecia do partido um mínimo de consideração, que pudesse expressar em uma simples consulta, em um diálogo, uma conversa”, disse. “Eu pergunto: o que mudou verdadeiramente de maio para cá?
O que aconteceu que pudesse justificar uma inflexão de 360 graus?
Onde estão as explicações?
Onde está o posicionamento público do partido?
Fica na sociedade a dúvida de como, por que, em que circunstâncias se deu esse novo alinhamento do PTB”, teria questionado Monteiro Neto.
Ainda de acordo com a Folha de S.
Paulo, o presidente nacional do PTB, Benito Gama, teria rebatido as críticas do pernambuco de movo “visivelmente irritado”.
Apesar da rusga, a legenda também liberou os diretórios estaduais a realizarem alianças locais com o PT, o que deve minimizar o impacto do apoio na coligação de Armando.