A expectativa de aumento do desemprego e de queda na renda pessoal atingiu a confiança dos brasileiros.

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) caiu 1,2% neste mês na comparação com maio e 3,5% frente junho do ano passado.

Com isso, o INEC ficou em 106,3 pontos, o menor valor desde setembro de 2005.

As informações são da pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 27 de junho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Esses resultados indicam que a baixa confiança do consumidor, que já tinha sido observada nos quatro meses anteriores, se tornou ainda mais aguda em junho”, diz a pesquisa.

Os fatores que mais influenciaram a queda foram as perspectivas para os próximos seis meses em relação ao emprego e à renda.

Pelo segundo mês consecutivo, o indicador de expectativa de desemprego caiu para 108,9 pontos, valor 5% inferior ao de maio.

O indicador de expectativa em relação à renda pessoal recuou 4,8%, e o de perspectiva para a inflação diminuiu 2,8% na comparação com o mês anterior.

Quanto maior a queda desses indicadores, maior é o pessimismo do consumidor em relação ao emprego, à renda pessoal e à inflação.

Além disso, a população considera que a situação financeira piorou.

Em junho, o indicador de situação financeira teve queda de 1,5% na comparação com maio.

Esse resultado mostra que que a situação financeira da população está pior agora do que há três meses.

O indicador de endividamento cresceu 3,3%.

Isso significa que um número maior de pessoas disse estar menos endividada agora do que há três meses. “Esse comportamento é bastante razoável, considerando a crescente preocupação com a inflação e a piora na expectativa quanto à renda pessoal”, avalia a pesquisa.

Realizada em parceira com o IBOPE Inteligência, essa edição do INEC ouviu 2.002 pessoas de 142 municípios entre 13 e 15 de junho.