O vereador Raul Jungmann (PPS), líder da bancada da oposição, subiu à tribuna, na sessão plenária desta quarta-feira (25), para falar sobre a denúncia de redução das viagens pelas empresas de ônibus que circulam no município, em comparação com as ordens de serviço emitidas pelo Grande Recife Consórcio.
O parlamentar aproveitou para rebater o argumento de que a Câmara Municipal do Recife não tem competência para investigar as contas do sistema, tendo em vista que o consórcio é metropolitano, como declarou o presidente da Casa de José Mariano, Vicente André Gomes, pela manhã, na Rádio JC News.
Raul Jungmann devia tentar criar CPI na Alepe, sugere presidente da Câmara do Recife “Não é plausível esse argumento de que abertura de uma CPI deve ser discutida apenas na Assembleia Legislativa.
O Recife é um dos sócios do consórcio, portanto a responsabilidade é da administração municipal.
Em outras capitais foram instaladas a CPI, como Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte.
Por que não podemos instaurar aqui?
Por que devemos deixar que a caixa-preta do transporte público permaneça fechada e os crimes fiquem impunes?”, questionou.
Jungmann também informou que está entrando de novo com um requerimento para coletar assinatura junto aos demais vereadores no intuito de abrir a CPI. “Da outra vez, arquivaram porque disseram que não existia fato determinante.
Agora temos uma pesquisa, temos dados, temos informações, além de um inquérito civil do Ministério Público de Pernambuco. É preciso acabar com essa sonegação e esse desrespeito com a população do Recife.
Mais de um milhão de passageiros sofrem com a redução da mais de 1,5 mil viagens.
Isso transforma as pessoas em gados e o deslocamento em sofrimento”, ressaltou.
No ano passado, Raul Jungmann tentou instalar a CPI do Transporte Público na Câmara Municipal, porém o requerimento foi arquivado por não conter as 13 assinaturas necessárias para seguir adiante.
Desta vez, o pós-comunista aposta na pressão popular e também na adesão pelos vereadores do PT e do PTB, que formam atualmente uma bancada independente.