Imagem: reprodução Em uma entrevista “bem humorada” para a apresentadora Luciana Gimenez no final da noite dessa terça-feira (24), o ex-governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) falou mais sobre a vida pessoal que sobre as propostas políticas para o País, caiu em pegadinhas e disse que comeria um ovo preto típico da culinária chinesa para ganhar o voto da modelo. “Para ganhar o meu voto, teria que comer o ovo preto”, disse Luciana, em tom de brincadeira. “Aí eu comeria”, respondeu de pronto o socialista.
Questionado sobre as comidas que são oferecidas aos candidatos durante o período de campanha, o pernambucano admitiu comer buchada, cabeça de bode, coxinha e acarajé sem camarão, por ser alérgico.
Os ovos pretos chineses cozinhados na terra, porém, já foram dispensados numa viagem oficial à China.
Na conversa, o ex-governador revelou ter pedido a um assessor para tirar a comida do prato quando ninguém estivesse olhando ao ser servido com a iguaria. “Na verdade, eu não tenho assim esse chamado luxo, besteira pra comer.
Eu como tudo.
Eu tenho uma limitação porque eu tenho alergia”, afirmou Campos, durante a entrevista.
Ao final do programa, o socialista ganhou um “kit azia” para se preparar para a campanha, com antiácido, sal de frutas e leite de magnésio. “Tô pronto.
Isso aqui é o kit sobrevivência”, brincou.
Nem todas as brincadeiras foram tão bem recebidas pelo presidenciável.
O ex-governador demonstrou desconforto com uma série de piadas sobre como economizar dinheiro para criar muitos filhos.
Casado com Renata Campos desde 1991, Eduardo se orgulha de ter cinco filhos.
O ex-governador também caiu em pegadinhas ao ser questionado, por exemplo, sobre quantos cocos nascem em uma palmeira.
Em um dos quadros do programa chamado “coletiva de imprensa”, não conseguiu responder de pronto o nome de jornalistas e apresentadores como Boris Casoy, Danilo Gentili e Oprah Winfrey e foi ajudado por Luciana Gimenez.
Acertou os mais populares como Silvio Santos e William Bonner e mostrou dúvida em alguns momentos. “Xuxa?”, questionou.
Questionado sobre a vida política, Campos defendeu que os homens públicos têm obrigação de não ser falso com o povo e superar problemas sociais para cumprir a agenda política. “Não tem esse direito.
Você tem uma agenda, a agenda está anunciada e você tem que ir”, disse.
Sobre a vida pessoal, o ex-governador falou sobre a paixão por Renata, que remota a adolescência, quando ela tinha 13 anos e ele 15; defendeu a necessidade de manter o contato com os filhos; e exaltou o avô Miguel Arraes, cuja figura marca a vida política.
Campos contou, por exemplo, que o fato de o avô ter sido exilado na Argélia durante a ditadura militar fez com que os tios tivessem certa aversão à política. “Foi um trauma efetivo”, disse.
Leonino, o pernambucano também se defendeu da pecha de “mandão” relacionada ao signo. “Você fez uma cara assim, já foi queimando meu filme”, contou a apresentadora, que o havia saudado pelos olhos azuis no início do programa e citado a semelhança dele com o cantor Chico Buarque.
Eduardo também minimizou os ataques de tubarão no litoral pernambucano, evitou se comprometer com a criação de cassinos no semiárido nordestino no modelo de Las Vegas, proposto pela apresentadora, e revelou o que faz para relaxar: caminhadas, jogar futebol, pedalar em ciclofaixas, ler livros, ver filmes, e brincar de videogame com os filhos. “Eu entro, mas perco de muito”, contou.
Leia também: Na TV, Eduardo Campos nega ser mandão e lembra Marina Silva