O presidente nacional do PSD, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, lembrou que este é o primeiro apoio oficializado pela legenda e, ao ler o Manifesto à Nação Brasileira, destacou pontos comuns entre o governo Dilma e as propostas do PSD. “Há dois programas que o PSD [EM QUE]está alinhado [COM O GOVERNO], que são o MEI [Microempreendedor Individual] e o Pronatec, que é uma iniciativa inclusiva que qualifica o trabalhador e insere jovens no mercado de trabalho com o primeiro emprego.” Kassab alertou que é preciso ampliar investimentos em educação e saúde e disse que o PSD vai buscar sempre consenso para construir propostas ao lado do governo. “Somos parceiros da presidenta na ascensão de classes, no estímulo ao trabalho, na conquista de moradias.

Não nos intimidamos com o tamanho dos obstáculos.

Somos aliados e batalharemos juntos pelo Brasil que projetamos e que construíremos juntos.

Pelo Brasil, com o Brasil, e lado a lado de todos os brasileiros”, completou.

Emocionada, a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, que falou pelos prefeitos do partido, elogiou o atual governo e afirmou que, desde Lula, a cidade conseguiu solucionar problemas como o da enchente de 2011, que inundou inúmeras casas no bairro de Vila Virgínia. “Muitos [GOVERNANTES]começam [A AJUDAR], mas poucos terminam”, afirmou.

Dárcy destacou também que o PSD foi o primeiro partido a divulgar publicamente o apoio à reeleição de Dilma. “É um partido jovem, que tem dois anos, mas maduro o suficiente para saber que time que está ganhando temos que continuar ajudando”, afirmou, ao destacar que Kassab sofreu forte pressão dentro e fora do partido para que mudasse a aliança.

Durante a convenção, uma enfermeira que estava na plateia apelou à presidenta para ajudar na aprovação do projeto que regulamenta a jornada de 30 horas semanais para profissionais da área. “Dilma, nós apoiamos você.

Apoie-nos”, pediu a enfermeira, que não foi identificada.

O projeto já foi aprovado no Senado e nas comissões da Câmara, mas ainda não foi incluído na pauta de votação do plenário da Casa.

Apesar do resultado da votação nacional, nos estados, o apoio à Dilma não é consenso.

As alianças estaduais estão sendo definidas independentemente.

Kassab minimizou divergências, mas lamentou a falta de uma regra que uniformize o posicionamento das legendas. “Infelizmente, no Brasil, não temos uma legislação partidária que verticalize as decisões.

Sou a favor da verticalização.

Não tendo [a verticalização], as circunstâncias locais prevalecem em relação à circunstância nacional para todos os partidos”, disse ele.

São Paulo é um dos exemplos de indefinição.

Kassab defende uma candidatura própria do PSD na capital paulista e confirmou hoje que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles declarou a intenção de concorrer ao cargo de governador.

Segundo Kassab, a decisão só será tomada na convenção estadual, marcada para o próximo dia 30.

Na legenda, há linhas que defendem apoio ao PSDB ou ao PMDB em São Paulo.

Otimista, o ex-prefeito disse que o PSD deve reforçar sua bancada no Congresso a partir do próximo ano, com eleição de 50 deputados federais.