Na coluna de Mônica Bergamo QUANTOS DE NÓS A Educafro, ONG que combate o racismo, está protestando contra a ausência de negros nos estádios da Copa do Mundo –que a entidade chama de “apartheid padrão Fifa”. “Estamos estarrecidos”, diz o frei David Santos, presidente da organização. “Nós somos 50,7% do povo brasileiro, mas quantos negros há nas arenas?” BOLA DIVIDIDA Em resposta a uma carta da Educafro no ano passado, Jérôme Valcke, secretário-geral da federação, afirmou que na Copa “brancos, negros, povos indígenas e imigrantes” teriam “as mesmas oportunidades para poder desfrutar do evento”.
Para a ONG, a promessa não está sendo cumprida.
Anteontem, o jornal britânico “The Guardian” publicou reportagem sobre a falta de diversidade nas arquibancadas.
BOLA DIVIDIDA 2 A Fifa reafirma, em nota, que seu “objetivo não é beneficiar apenas um grupo em detrimento de outros”, mas favorecer a presença de todos. “A maior parte da compra de ingressos ocorreu por meio de sorteios, proporcionando chances iguais e justas para todos os torcedores brasileiros e estrangeiros.
A Fifa criou condições para que os interessados de todas as classes sociais possam assistir aos jogos”, afirma.