No Senado A diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, e o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli serão ouvidos nesta quarta-feira (25) pelas CPIs que investigam denúncias de irregularidades na estatal.
Magda Chambriard depõe à CPI exclusiva do Senado, às 10h15, enquanto Gabrielli deve falar à CPI Mista, às 13h.
Chambriard deverá ser questionada sobre a segurança das 120 plataformas de produção de petróleo em operação no Brasil.
O autor do requerimento, senador Anibal Diniz (PT-AC), cita relatos de acidentes causados pela ausência de equipamentos de segurança e desastres ambientais.
Em 2001, lembra o parlamentar, o naufrágio da plataforma P-36, no campo de Roncador, Bacia de Campos (RJ), causou a morte de 11 trabalhadores.
Mais recentemente, outros acidentes de menor proporção ocorreram em plataformas próximas a Rio Grande do Norte, Sergipe e Rio de Janeiro.
Um dos eixos de investigação da CPI é a denúncia de que plataformas estariam sendo lançadas ao mar sem equipamentos obrigatórios de segurança.
Já Sergio Gabrielli, que presidiu a Petrobras de 2005 a 2012, deverá dar sua versão sobre a controversa compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
A operação teria gerado uma perda de US$ 530 milhões para a estatal brasileira, conforme avaliação da presidente da Petrobras, Graça Foster, em depoimentos no Senado e na Câmara.
Gabrielli falou à CPI exclusiva do Senado em maio.
Na ocasião, ele opinou que, diante de novas mudanças no mercado, ocorridas em 2013, Pasadena pode ser considerada um bom negócio.
O ex-presidente também isentou a presidente Dilma Rousseff, que presidia o Conselho de Administração da estatal na época da transação, em 2006, de qualquer responsabilidade individual no fechamento do contrato.
Em seis requerimentos com o mesmo objetivo, diversos deputados federais que integram a CPI Mista defenderam a necessidade de ouvir a versão do ex-presidente sobre os fatos e apontam contradições entre declarações de Gabrielli e de Dilma.