Imagem: reprodução Em tom de crítica ao governo federal, a ex-senadora Marina Silva, vice do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) na corrida presidencial, afirmou na madrugada desta segunda-feira (23), em entrevista ao programa É notícia da Rede TV!, que o único legado que a Copa do Mundo deixará no Brasil é o do futebol, caso a Seleção Brasileira seja campeã. “A gente quer ver que pelo menos no gramado a nossa seleção deixe o legado da vitória, já que infelizmente o legado na área ambiental, o legado da mobilidade, da segurança pública.
Tudo aquilo o que foi dito que iria acontecer com os grandes eventos, que não aconteceu.
A gente fica na torcida que pelo menos no gramado a gente tenha um legado”, afirmou. “Foi dito que ficaria um legado para os brasileiros em vários aspectos.
O que não está sendo entregue, dificilmente será entregue”, disse ainda a ex-senadora.
Marina revelou não entender muito de futebol, mas arriscou o palpite de que terminará em 2 a 1 o jogo entre Brasil e Camarões, marcado para as 17h desta segunda no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. “Agora, uma coisa boa que está acontecendo é que os brasileiros continuam apaixonados pelo futebol, continuam torcendo pela sua seleção, mas sem nenhum tipo de complacência com a atitude daqueles que tentam usar de forma a instrumentalizar essa paixão e esse amor que os brasileiros têm pelo futebol”, afirmou também.
Numa alusão à falta de estrutura que a chapa formada por ela e Campos está enfrentando, alegou que a eliminação da Espanha na primeira etapa do Mundial simboliza que os fracos também têm vez.
Apesar de se esforçar para não discordar publicamente das declarações do pernambucano, para quem a presidente Dilma Rousseff (PT) colheu o que plantou ao ser xingada durante a abertura da Copa, Marina disse que não concorda com qualquer agressão à pessoa de Dilma. “Nós devemos fazer o protesto, mas jamais desrespeitando a dignidade das pessoas”, disse.
Para a ex-senadora, a manifestação política é capaz de causar mais constrangimento.