Foto: José Cruz/ABr Da Agência Estado O presidente nacional do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), afirmou neste sábado (21) que, caso o partido não oficialize apoio à candidatura à reeleição de Dilma Rousseff, a legenda deixará os cargos no governo. “Se não ficar com Dilma tem que entregar o cargo.

Entrega naturalmente”, afirmou Nascimento em entrevista ao jornalistas que acompanham a convenção nacional do PR, realizada em Brasília.

Atualmente, o partido ocupa o ministério dos Transportes, comandado por César Borges, que não está presente no encontro do PR.

A convenção do partido também é marcada pela ausência da maioria da bancada da Câmara.

De acordo com a lista de presença, apenas nove dos 32 deputados estão presentes na convenção.

Alfredo Nascimento minimizou, no entanto, o esvaziamento do encontro. “A legislação estabelece que o convencional pode ter procuração e os deputados que não estão presentes mandaram procuração”, afirmou o senador.

O partido chegou à convenção dividido em quatro correntes.

Permanência da aliança com a presidente Dilma Rousseff, apoio à candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB) ou de Eduardo Campos (PSB).

E uma última corrente, que defende a candidatura presidencial do senador do partido Magno Malta (ES).

Devido a esse racha, a tendência é que os convencionais deleguem à Executiva Nacional uma decisão final sobre a composição da aliança presidencial. “Na convenção de hoje foram colocadas apenas duas propostas: a candidatura presidencial do senador Magno Malta e uma proposta de levar essa decisão para a Executiva do partido”, explicou Alfredo Nascimento.

A tendência é que prevaleça a tese de adiamento.

Isso ocorrendo, a Executiva Nacional do PR deve se reunir no próximo dia 30, prazo limite para definição das chapas da próxima eleição.