Foto: Antônio Cruz/ABr Da Agência Estado O ministro da secretaria-geral da presidência, Gilberto Carvalho lamentou neste sábado (21) o desembarque o PTB da aliança da reeleição da presidente Dilma Rousseff. “Se é real que houve essa defecção só posso lamentar”, disse o ministro, destacando que não tinha ainda nenhuma informação oficial sobre a decisão petebista.

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Aliança impedirá Armando Monteiro de usar imagem de Lula e Dilma em Pernambuco Na convenção nacional que vai sacramentar a candidatura da presidente Dilma, Carvalho lembrou que o PTB está aliado com o PT “há muito tempo” - desde a primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva.

Carvalho disse ainda que é preciso “valorizar muito” os partidos que continuam na aliança e que a defecção petebista não aumenta as chances de mais dissidências na aliança pela reeleição de Dilma.

ARGUMENTO - O vice-presidente do PT, deputado federal José Guimarães (CE), classificou há pouco de “conversa para boi dormir” a justificativa dada pelo presidente do PTB, Benito Gama, para o desembarque da sigla da aliança para a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

O PTB, que apoiou o governo no primeiro mandato de Dilma, deve anunciar hoje apoio ao candidato do PSDB, senador Aécio Neves, à presidência da República.

Ao Estado de S.

Paulo, Gama disse que divergências em acordos estaduais com o PT, como em Roraima, Acre, Piauí e Bahía, levaram o PTB a deixar o projeto nacional da presidente Dilma. “Acho que é conversa para boi dormir.

Não é problema nos Estados isso todo mundo tem”, disse Guimarães ao chegar à convenção nacional do PT que oficializa hoje a candidatura de Dilma.

Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), avaliou que a perda do PTB - “se confirmada” - embora ruim “não é o fim do mundo”. “Chama atenção para termos mais cuidado com os outros aliados”, disse.

Apesar de a justificativa oficial ser problemas nos Estados, a cúpula do PTB estava descontente por não ter conseguido emplacar um posto no primeiro escalão na reforma ministerial deste ano e de não ter conseguido confirmar o líder do partido no Senado, Gim Argello (DF), no Tribunal de Contas da União (TCU).

O secretário-geral do PT, deputado Geraldo Magela (DF), disse que o governo não tem “nenhuma responsabilidade” pela indicação de Gim ao TCU não ter prosperado. “A responsabilidade foi dele.

Foi um processo (de Argello) de tentar forçar a barra”.