O presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha, declarou que o Governo Federal agiu com decência e equilíbrio na aprovação da lei 13.000 de 18.6.2014, que autoriza política pública para o etanol do Nordeste, face a seca da safra 12/13 que foi a maior dos últimos 50 anos, quando a produção só em Pernambuco caiu 24%. “Esse mecanismo ajuda no bloqueio das quebradeiras da Agroindústria da cana na nossa Região, e inicia uma recuperação de grandes perdas sofridas, além de colaborar com a retomada da competitividade”.

O dirigente reconhece também a sensibilidade do planalto e do Congresso Nacional com a lei 12.999, que contemplará a cana do fornecedor com um complemento de R$ 12 por tonelada. “O negócio da cana e do etanol no NE, continuará existindo, gerando empregos e renda para mais de 200 municípios onde são mantidos cerca de 300 mil empregos formais e diretos.

O ciclo de produção na região ocorre de forma complementar ao Centro Sul, o que é relevante para o País, que passa a conseguir atender com energia limpa às demandas veiculares e de cogeração de bioeletricidade durante os 12 meses do ano”.

Renato Cunha comentou ainda que as importações de etanol por grandes tradings em operações de Trade-Finance, em brechas na legislação federal, através de descargas intempestivas e desordenadas de volumes em portos do Nordeste, prejudicou ainda mais a região que tem seu abastecimento complementar, quando necessário, atendido pela produção superavitária do centro-oeste e que a agricultura do Nordeste não está condenada a ser somente importadora de grãos e de agro-energia do Centro Sul. “A região Nordeste, ao poder conjugar politicas de emergência com outras estruturantes, sempre consegue suplantar os gargalos climáticos, criando convivência produtiva com as secas”.