Por proposição do deputado Sílvio Costa Filho (PTB), o presidente da Cooperativa das Cerâmicas do Estado de Pernambuco, Eduardo Cerquinho e o seu vice-Presidente Mário Henrique Mattos apresentaram, hoje, em audiência pública, com o Secretário Estadual da Fazenda, Décio Padilha, realizada, na Assembleia Legislativa, a crise que o setor está atravessando.

Atividade tradicional com produção em larga escala, desde o começo do século 20, a fabricação de tijolos vive dias difíceis e vem desativando linhas de produção, parando unidades e demitindo funcionários.

Só nos últimos quinze dias, mais de mil trabalhadores foram demitidos e a previsão se continuar este cenário é de que seis mil pessoas estarão desempregadas, admite Mattos. “Trouxemos os empresários para debater em audiência pública a crise no setor ceramista do Estado por ser este setor importante para a economia de Pernambuco, sobretudo para a Mata Norte e no Agreste.

Esse é um setor que gera 12 mil empregos diretos, quase 30 mil indiretos e é fundamental que criemos alternativas do ponto de vista tributária como a fiscalização nas fronteiras e envolver o Estado no fortalecimento do setor, através das compras governamentais”, justificou Sílvio Costa Filho.

O segmento de fabricação de tijolos no Estado conta com 150 micros e pequenas empresas localizadas nas cidades de Caruaru, no Agreste, e Paudalho, Zona da Mata.

Na audiência, os empresários colocaram as dificuldades para conseguir audiência com governo do Estado, nos últimos oito anos e enumeraram em série as dificuldades que as fábricas vêm enfrentando para manter a produção como a tributação, burocracia a disputa com outras tecnologias de construção como pré-moldados entre outras. “Nós preparamos o setor para a festa de crescimento do Estado e não fomos convidados”, resumiu o presidente da Coocerpe Eduardo Cerquinho.

Já o vice-Presidente Mário Henrique ressaltou a preocupação do governo em inaugurar novas fábricas esquecendo-se de manter as já existentes no Estado.

Ao ouvir as principais reinvindicações dos empresários o secretário Décio Padilha se colocou a disposição dos empresários como secretário de Estado e técnico a buscar solução para o setor, apontando como possíveis causas as falhas de mercado entre elas o tipo de tributação imposta, a concorrência desleal e prometeu aos empresários e parlamentares a realização de novo encontro nos próximos vinte dias.