O socialista Eduardo Campos prova um pouco do mesmo veneno que ajudava a a inocular nos adversários, quando era aliado dos petistas, em nível nacional.
Em política, o sujeito é criticado para comer sabão e depois apanha para saber que sabão não se come.
Depois de Humberto Costa, até o presidente do PSTU, a seu modo e ver, tratou da polêmica no Recife, nesta quarta-feira.
Não vai adiantar argumentar que a ação foi determinada pela Justiça ou que o comando do Estado está hoje nas mãos do aliado João Lyra.
O Blog de Jamildo, desde sempre, denunciou aqui que o movimento contra o projeto imobiliário era político e eleitoreiro.
Há quem duvide ainda?
Para mim, nunca fez sentido usar a verticalização urbana como bandeira, a não ser que o objetivo sempre fosse jogar pobres contra ricos, de forma demagógica.
Veja o texto do presidente do PSTU, Zé Maria, no seu face Nesta terça-feira, 17 de junho, após a violenta desocupação do Cais Estelita pela Polícia Militar de Eduardo Campos, recém afastado do governo de Pernambuco para se candidatar à presidência da República, o Presidente Nacional do PSTU declarou solidariedade aos ativistas agredidos pela polícia militar e à população do Recife que presenciou cenas de brutal violência da PM contra os movimentos sociais.
Zé Maria também condenou a costumeira política repressora do Governo do Estado de Pernambuco. “Com a violência que já lhe é costumeira, a PM do governo de Pernambuco promoveu a desocupação do Cais Estelita, em Recife.
Trata-se de uma parte histórica da cidade que está na mira do capital imobiliário que quer usar a área para construir edifícios comerciais.
O governo de Pernambuco colocou a polícia para defender os interesses dos especuladores imobiliários e retirou pela força os ativistas do local”, denuncia Zé Maria que é também pré-candidato à Presidência da República pelo PSTU. “Nós repudiamos a violência policial e o governo do estado de Pernambuco”, conclui.
A desocupação do Cais José Estelita foi um pedido judicial do Consórcio Novo Recife, proprietário do terreno.
A área é destinada a construção de 12 torres comerciais e residências ao longo do antigo cais da capital pernambucana.
Houve tiros de balas de borracha, uso de bombas de efeito moral e muita gente se machucou.
A Ocupação Estelita se deu em virtude da demolição dos galpões, que começou dia 21 de maio, mas foi interrompida pela manifestação dos defensores da cidade, que querem que a área seja destinada à moradia popular e tenha projetos sociais, de Cultura e Educação.