Mateus e Catirina fizeram Aécio ensaiar passos de xaxado (Fotos: Ricardo B.
Labastier/JC Imagem) Por Amanda Miranda, especial para o Blog de Jamildo Se já é considerado recifense, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) teve que entrar no ritmo.
E foi o que fez.
Em dia de fazer da Câmara Municipal seu palanque e participar do primeiro ato político como candidato a presidente, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife, o tucano foi recebido na Casa José Mariano com bonecos gigantes e maracatu e depois, no evento do partido, dançou xaxado seguindo os passos de Mateus e Catirina.
Aécio veio à capital pernambucana nesta quarta-feira (18) para receber na Câmara o título de cidadão recifense, uma proposta do vereador André Régis (PSDB) aprovada no ano passado.
Segundo o tucano, o objetivo de propor o título foi estimular outras pessoas a ingressar na vida política.
O vereador negou que a homenagem, entregue em meio à preparação para a campanha, tenha conotação eleitoral.
No entanto, afirmou que é voltada também para o futuro.
Explicando que o nome do Recife vem do árabe e significa “calçada”, disse: “Esperamos que as calçadas do Recife conduzam Vossa Excelência à vitória.” O candidato agradece se não forem as que ficam em certos pontos do Centro da cidade.
Aécio com bonecos gigantes que o receberam na Câmara.
Na entrada, beijou a mão do que representava seu avô, Tancredo Neves Na Câmara, Aécio mostrou a que veio: iniciar a conquista de eleitores no reduto eleitoral do (quase) aliado Eduardo Campos (PSB).
Fazendo da tribuna o seu primeiro palanque no Recife, aproveitou a oportunidade com vários companheiros de partido para abrir a campanha, mesmo que não oficialmente.
O candidato convidou, por exemplo, a “construir um novo Brasil”.
O senador usou o microfone do Legislativo municipal não só para voltar a fazer críticas ao governo atual, de Dilma Rousseff (PT), mas também para fazer propostas para o Brasil e se afirmar candidato, condição oficializada na convenção do partido, realizada no último sábado (14).
O nome do vice, Aécio prometeu dizer no dia 30, às 9h30.
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Assim, mesmo cogitando indicar Daniel Coelho para a vaga, saindo em candidatura independente, a decisão é de apoiar Paulo Câmara (PSB) e Raul Henry (PMDB), engrossando a lista de mais de 20 legendas que estão no grupo.
Talvez por isso, apesar de prever que estará no segundo turno com Dilma, sem Eduardo, e classificar como natural que os eleitores do socialista migrem para ele, ressaltou que acredita que a presença do socialista e da sua pré-candidata a vice, Marina Silva (PSB), oxigenam a disputa e garante a pluralidade dos discursos, tirando o foco do histórico antagonismo entre tucanos e petistas.
Discurso de Aécio foi quase o mesmo que já tinha falado ao longo do dia: estabeleceu a candidatura e criticou o PT O PT, aliás, foi alvo de sucessivas críticas de Aécio na sua agenda no Recife, que começou às 11h na Rádio Jornal, continuou com encontro com o governador João Lyra e outros socialistas no Palácio do Campo das Princesas, seguiu em almoço com lideranças políticas no Bairro do Recife, terminando à noite, com a entrega do título na Câmara e o ato político oferecido pelo prefeito de Jaboatão, Elias Gomes. “O governo abandonou um projeto de País para se contentar única e exclusivamente com um projeto de poder”, afirmou em seu discurso na Casa José Mariano.
Além disso, acusou os petistas de dividirem o Brasil entre o “nós”, grupo que inclui os que apóiam o partido, e o “eles”, os que fazem oposição.
Aécio usou a visita também para fazer propostas, embora o seu programa de governo esteja previsto apenas para agosto.
Em entrevista à Rádio Jornal, prometeu criar o Novo Nordeste, caso seja eleito, para realizar “uma revolução” nas áreas de infraestrutura e social na região, que promete tratar como uma prioridade. “Vamos fazer um choque de infraestrutura”, adiantou.
Outra frente do programa seria a criação de um conjunto de ações de impacto social, para destravar problemas como o saneamento e a falta de irrigação da região, assim como fazer o Governo Federal “adotar” as escolas que não conseguiram atingir as metas estabelecidas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação (IDEB).