Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta terça-feira (17), o prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB) disse que o modelo como a Polícia Militar realizou a reintegração de posse do terreno do Cais José Estelita onde deve ser erguido o projeto Novo Recife não seguiu o desejo da PCR, que era de que houvesse uma desocupação pacífica. “Havia espaço para uma negociação.

Havia espaço para, através de conversa e de diálogo, essa desocupação ser feita de maneira pacífica”, disse. “Essa desocupação da forma como foi feita hoje não faz parte desse processo.

Ela não é o caminho que nós vínhamos fazendo, da negociação.

Nós acreditávamos que o processo de negociação tornaria possível uma desocupação pacífica.

E essa desocupação da forma como ela foi feita, ela não está no caminho que a prefeitura vinha tocando.

O caminho do diálogo, o caminho da conversa, o caminho da negociação, das coisas sendo feitas sempre com muito diálogo, com a capacidade de encontrar consensos”, afirmou.

Por decisão de Geralado, a PCR tem conduzido o processo de negociação que pode resultar na revisão do projeto, que prevê a construção de doze torres residenciais e comerciais, além da construção de um parque linear, quadras esportivas, biblioteca e um centro cultural como medidas mitigadoras. “Eu fico apenas com receio dessa desocupação da forma como se deu hoje mexa nesse processo negocial.

Eu espero que isso não aconteça”, revelou o prefeito.

Pelos termos da PCR, o consórcio terá um prazo de 30 dias para refazer o projeto após a realização de uma audiência pública.

A ocupação do terreno do Cais José Estelita começou no dia 21 de maio, após o início das demolições dos galpões lá existentes.

Nessa segunda (16), o Blog de Jamildo mostrou que a desocupação dos manifestantes era um entrave ás negociações da prefeitura.

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