Foto: Helder Pereira/Divulgação Atualizada às 14H45, desta segunda-feira (16) De ambos os lados, as palavras são de recusar o discurso de ódio e revanche em nome do que intitulam boa política.

Porém, tanto petistas quanto socialistas têm usado as reuniões com lideranças e a militância para trocar críticas - apesar de muitas delas serem veladas.

Se a plenária do PT na última sexta-feira (13) foi de falas contra o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) - embora o nome dele não tenha sido citado diretamente - os agora oficiais candidatos pela Frente Popular não deixaram por menos durante os seus discursos na convenção do partido, realizada neste domingo (15), no Clube Português, no Recife.

LEIA MAIS: Em convenção do PSB, Eduardo Campos diz que Brasil não pode andar para trás Desde a primeira fala, do ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), já ficou claro que a tarde seria para dar o pontapé inicial à campanha da Frente Popular, porém também que todos usariam a oportunidade para criticar o governo da presidente Dilma Rousseff.

O senador afirmou que Pernambuco deverá apostar na continuidade. “Parar de crescer, basta o Brasil, com essa Dilma Rousseff”, alfinetou, acrescentando: “essa senhora faz tudo errado.” Eduardo Campos considerou este o principal processo eleitoral da história da democracia brasileira. “Passados quatro anos, é a primeira vez após a democratização em que o País vai ser entregue ao sucessor pior do que foi recebido”, avaliou.

O ex-governador não comentou apenas a atuação da presidente. “Não fico mais num projeto comandado por um bando de raposas que já roubou o que tinha que roubar”, afirmou.

Sobre as críticas petistas a ele e ao PSB, disse: “estão feito menino buchudo, querendo chamar atenção.

Antes, Eduardo havia dito que o processo eleitoral seria conduzido, principalmente, com respeito aos adversários.

Marina Silva (PSB), atual pré-candidata a vice com Eduardo, alfinetou tucanos e petistas. “O governo do PSDB teve a sua chance, deu a sua contribuição e cometeu muitos erros.

O governo da Dilma teve a sua chance, deu a sua contribuição e, principalmente, cometeu muitos erros”, afirmou.

Considerado muito mais de perfil técnico que político, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), subiu ao palco do Clube Português e baseou sua fala nos erros dos petistas.

Para ele, os seus antecessores João Paulo e João da Costa tiraram o Recife dos trilhos.

O chefe da PCR criticou também, de forma velada, o pré-candidato a governador Armando Monteiro Neto (PTB). “Aquele que acha que é patrão do povo pai ser derrotado pelo povo”, disse.

O petebista está aliado ao PT.