Em um trecho do seu discurso em evento do PT em favor da candidatura de Armando Monteiro Neto, na Blue Angel, o ex-presidente Lula, além de pedir voto para o petebista, disse que ele era vítima de preconceito.

Não citou o nome dos adversários, que o chamam de patrão na campanha.

Lula disse que estava tendo esta convicção ao ler (sim, Lula disse que está lendo!) uma obra sobre o período de Getúlio Vargas. “Uma parte desta elite… são as mesmas pessoas que diziam menino latifundiário vai ser ministro de Getúlio Vargas.

O discurso é o mesmo.

Ele dizem vamos fazer uma coisa nova (referência a Nova Política), mas não dizem o que é”.

Armando Monteiro Filho, pai de Armando Neto, bem jovem foi escolhido ex-ministro da Agricultura de João Goulart. de 8 de setembro de 1961 a 26 de junho de 1962, nomeado pelo então primeiro-ministro Tancredo Neves.

Foi candidato ao governo de Pernambuco, em 1962, sendo derrotado por Miguel Arraes.

Durante a ditadura foi filiado ao MDB, tendo depois se transferido para o PDT Voltou a concorrer na política em 1994, e como candidato ao Senado foi derrotado.

Em 1998 transferiu-se para o PMDB.

No discurso, agradeceu que toda vez que volta ao Recife o ex-ministro está lá para recepcioná-lo.

Nesta tarde de domingo, na convenção do PSB, Geraldo Julio referiu-se a Armando como “patrão”, uma figura política que, segundo ele, “não possui compromisso algum com o povo”.

No discurso, ainda criticou o ex-prefeito João Paulo Lima (PT), hoje pré-candidato ao Senado Federal.

De acordo com o gestor socialista, o Partido dos Trabalhadores conseguiu mexer com a autoestima do recifense, que viveu momentos de letargia devido à ausência de comando nos doze anos em que a sigla comandou o Executivo Municipal. “Pernambuco precisa continuar avançando, não pode seguir a estrada do atraso e do autoritarismo”, afirmou o prefeito numa crítica velada à presidente Dilma Rousseff (PT) e ao pré-candidato do PTB ao Governo do Estado, senador Armando Monteiro Neto.