O ex-governador Eduardo Campos encerrou, ainda há pouco, seu discurso na convenção do PSB que oficializou nesta tarde o nome de Paulo Câmara ao governo do Estado.

No ato, Eduardo Campo disse que era hora de agir. “O Brasil não pode andar para trás”, afirmou. “O que povo brasileiro quer não é político que fala bonito e complicado, mas sim que conhece nossa vida”, disse.

Eduardo Campos disse que estava bastante emocionado por estar novamente em Pernambuco, ao lado de muitos amigos.

Hoje, por conta do projeto presidencial, mora em São Paulo. “Estamos mais uma vez reunidos em torno de compromissos e ideais, e com o aprendizado que a vida nos deu”, aponta Eduardo.

Como era de se esperar, em seu discurso, o socialista fez críticas a presidente Dilma, que visitou o Estado na última sexta-feira.

Eduardo Campos rebateu o discurso de que seria um traidor do projeto do PT afirmando que não pode ficar ao lado das velhas raposas, aliadas do PT no governo. “Não fico em projeto comandado por um monte de raposas”, disparou Eduardo Campos. “Já roubaram demais o Brasil”, avaliou, sobre os aliados de Dilma.

A mesma crítica havia sido feita mais cedo, em Brasília, na convenção do PSB. “Não vamos cuspir no prato que comemos.

Não vamos ficar atrás de projetos de poder.

De se manter no poder ou ter cargos públicos”, afirmou, em uma possível crítica ao petebista Armando Monteiro Neto, que busca ser governador com o aval dos petista. “Passados 20 anos da redemocratização do Brasil, essa será a primeira vez em que um presidente entregará o País pior do que recebeu”, criticou.

Na convenção, as críticas ao PT começaram com Jarbas e Geraldo Julio, nos primeiros discursos.

O senador do PMDB Jarbas Vasconcelos disse que não se podia aventurar ao retrocesso. “Parar de crescer, basta o Brasil, com essa senhora Dilma Rousseff”.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio, do PSB, também criticou o governo do PT, tanto o nacional quanto no Recife.

O deputado federal Raul Henry (PMDB), pré-candidato a vice-governador pela Frente Popular de Pernambuco, também alvejou o governo petista. “O país não tem o que comemorar nos últimos quatro anos.

O Brasil parou e PT está destruindo tudo, da economia ao setor elétrico, trazendo de volta a inflação”, disse.