O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, comentou, no Rio de Janeiro, a vitória do Brasil sobre a Croácia por 3 x1, na estreia da Copa do Mundo, respondendo perguntas sobre a seleção brasileira, a reação do público à presidente Dilma Rousseff e ações do Ministério Público. “O que fica para a história é que tivemos, depois de algumas décadas, no mundo, uma Copa do Mundo em que o chefe de Estado não se vê em condições de se apresentar à população.
Isso é reflexo do que está acontecendo com o Brasil.
Temos hoje uma presidente sitiada, uma presidente que só pode aparecer em eventos públicos protegida. É dessa forma que ela fará a campanha.
Isso, mais do que qualquer palavra minha, retrata o que vem acontecendo no Brasil, o sentimento dos brasileiros em relação ao governo”, disse, sobre manifestações contra a presidente da República hoje no Itaquerão.
Aécio Neves diz que não esperava a reação que houve. “Nem torço por isso.
Mas acho que é o sentimento que existe hoje no Brasil.
Não em relação à própria presidente em especial, mas a tudo que vem acontecendo no governo.
Acho que a realidade é que temos hoje uma presidente sitiada, só pode aparecer em público muito protegida.
E aí, usa e abusa de instrumentos de Estado para fazer o seu proselitismo político, como aconteceu mais uma vez essa semana, em mais uma convocação de mais uma cadeia de radio e televisão”.
Sobre manifestações nas ruas. “Tenho dito sempre que as manifestações têm de ser não só permitidas, mas respeitadas.
E as nossas forças de segurança devem garanti-las.
A violência que assistimos de novo hoje, depredação do patrimônio, isso tem de ser contido.
O que percebi é que é um número muito menos expressivo do que assistimos algum tempo atrás.
Acho que as forças de segurança têm que conter e conter mesmo aqueles que vêm às ruas para depredar patrimônio, para atentar contra a integridade física das pessoas.
Isso tem de ser contido.
Isso nada tem a ver com manifestação.
Ao contrário, o que mais inibe as manifestações são esses atos de violência.
As manifestações provavelmente ocorrerão ou continuarão ocorrendo, em que dimensão for, essas têm de ser respeitadas e, repito, protegidas pelas forças de segurança.
A violência não.
Esta tem de ser contida e contida de forma exemplar”.