O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), criticou nesta sexta-feira (13) o comportamento de parte dos torcedores presentes ao Estádio Itaquerão, em São Paulo, que xingou a presidenta Dilma Rousseff durante o jogo do Brasil e Croácia na abertura da Copa do Mundo.

Em discurso no ato do PT de Pernambuco em favor da candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) ao governo do Estado e do deputado federal João Paulo (PT) ao Senado Federal, Humberto lamentou as ofensas e ressaltou que esse ódio vem apenas de uma pequena parcela da população brasileira.

Dilma e o ex-presidente Lula estavam presentes no evento do PT no Recife.

Lula classificou os ataques à presidenta como falta de respeito e cretinice e deu uma rosa branca em desagravo a ela.

Para Humberto, o país registrou ontem no estádio uma das maiores manifestações de ódio da história. “Aquelas pessoas são incapazes de distinguir a candidata Dilma da instituição presidenta da República.

Por que tanto ódio?

O que fizemos para sermos tão odiados?

A elite nos odeia porque nós fizemos o que eles não fizeram em 500 anos pelo povo brasileiro”, declarou o parlamentar.

O senador ressaltou que a presidenta foi muito bem recebida pelos pernambucanos. “Hoje, vimos pessoas simples por onde andamos, pessoas que saíram de suas casas para pedir fotos com a senhora.

Trabalhadores da Via Mangue e operários do terminal Cosme e Damião que recepcionaram muito bem a senhora.

Esse é o povo que representa o que pensa a maioria.

Não é quem pagou R$ 1 mil em ingresso de jogo de Copa.

A senhora é muito bem-vinda em Pernambuco”, afirmou.

O líder do PT avalia que há um cerco muito violento contra a presidenta e que algo semelhante só ocorreu em dois momentos da história recente do país: em 1954, quando Getúlio Vargas se suicidou após pressões de vários setores; e em 1964, com o golpe de Estado aplicado pelos militares na gestão João Goulart.

O senador disse que ficou muito orgulho com a declaração dada por Dilma na manhã de hoje, de que não perdeu o rumo nem quando foi agredida durante a ditadura militar e não será agora que alguns farão com que ela mude.

Segundo Humberto, o que fizeram com a presidenta dará mais força e orgulho para a militância ir às ruas eleger Armando, João Paulo e ela. “Não iremos baixar a cabeça.

Nós demos dignidade ao povo de andar com a cabeça erguida.

Demos perspectivas de futuro.

Vamos continuar avançando para garantir uma vida melhor à nossa população”, disse.