Imagem: reprodução da Internet Em palestra concedida para a Câmara de Comércio Americana no Brasil (Amcham), o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), pré-candidato a Presidência da República, criticou os partidos de seus principais adversários na disputa eleitoral, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador mineiro Aécio Neves (PSDB).
Segundo o pernambucano, não se pode fazer a mesma política empregada pelas duas legendas na Presidência da República, porque elas se entregaram às velhas raposas e ao fisiologismo. “Os velhos partidos que governaram o Brasil há 20 anos não tem mais forças para acender a esperança no Brasil”, afirmou.
De 1995 e para cá, presidiram o País os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula, além da atual ocupante do Planalto. “Eles abusaram da oportunidade que o povo lhes deu”, criticou o socialista.
Segundo Campos, é preciso superar “a polarização de sempre”.
O pernambucano acredita que a população terá que escolher entre três opções nestas eleições; duas das quais já governaram o País. “Esse ciclo novo, não é voltar para o passado.
E ir para o futuro”, clamou.
O ex-governador pregou ainda a necessidade de recuperar a confiança da sociedade na política. “Vamos colocar na oposição as velhas raposas que estão hoje ocupando os 39 ministérios, as agências reguladoras, os bancos”, disse.
Campos também voltou a criticar a condução da política econômica pela presidente Dilma Rousseff (PT) e alertou que, se seguir pelo mesmo caminho, a situação do Brasil ainda pode piorar. “Teremos 4 anos do menor crescimento de toda a história da República brasileira, desde Deodoro da Fonseca”, criticou.
COPA - Há dois dias da abertura da Copa do Mundo, o presidenciável citou o mundial pelo menos quatro vezes, cobrando a melhoria das políticas públicas no Brasil. “Não se constrói a cidadania de brasileiros que querem Saúde padrão-Fifa, educação padrão-Fifa, se não tiver uma nova forma de organizar a política.
E essa política não pode ser padrão-Fifa, nós sabemos disso”, ironizou.
O pernambucano também disse que essa será a “eleição do Brasil”. “É só andar nessa rua a dois dias de começar a Copa do Mundo e contem quantas bandeiras nacionais tem nas janelas e nos carros”, justificou.
SISTEMA TRIBUTÁRIO - Durante a palestra, Campos ainda falou que o sistema tributário brasileiro será “refeito” em seu eventual governo e criticou as várias legislações de tributos existentes em todos os estados do País.
O socialista classificou o sistema tributário brasileiro como arcaico, antigo e atrasado e disse que ele só não é modificado por falta de vontade política da União.