Foto: BlogImagem Por Paulo Veras, repórter do Blog Com 4% na corrida presidencial segundo a última pesquisa do Datafolha, o Pastor Everaldo (PSC) afirmou na manhã desta segunda-feira (9), em entrevista à Rádio JC News, no Recife, que é a favor de um “Estado inteligente” e que, caso seja eleito, vai privatizar “tudo o que for possível”.

Natural do Rio de Janeiro, o Pastor de 58, que se declara abertamente de centro-direita e assume ser conservador, prometeu, porém, ampliar o Bolsa Família, maior programa de transferência de renda do País. “Sou a favor de transferir para a iniciativa privada tudo o que for possível transferir”, afirmou na entrevista. “O governo federal tem 200 estatais e é sócio, através do BNDES de 600 empresas”, justificou.

Leia também: Empatado tecnicamente, Pastor Everaldo classifica Eduardo Campos como “neto de uma liderança” Defensor de uma revisão da política nacional de segurança pública, Everaldo é a favor, por exemplo, da privatização dos presídios brasileiros, nos moldes de como é feito nos Estados Unidos. “Tem experiência positiva em vários estados do País”, diz.

E lista Paraná, Santa Catarina, Bahia e Sergipe.

De acordo com o pastor, manter um preso no Brasil custa aproximadamente R$ 4 mil por mês.

A questão da segurança pública é uma prioridade para o presidenciável, que teve um irmão assassinado por uma bala perdida há pouco mais de um ano.

Uma das propostas é nacionalizar o modelo carioca de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) existe no Rio de Janeiro.

O pastor da Assembleia de Deus, porém, não foge de nenhum tema polêmico.

Durante a entrevista, afirmou ser contra o aborto, defendeu que o casamento seja uma instituição entre homens e mulheres e se disse 100% favorável à redução da maioridade penal. “Sou conservador”, admite o pré-candidato, que diz não ter medo de se declarar de centro-direita.

Ele promete defender “valores cristãos” na campanha e considera como positivo a atenção atraída pelo deputado Marco Feliciano para o PSC.

Boa parte do espólio eleitoral do presidenciável vem justamente dos aproximadamente 30 milhões evangélico existentes no Brasil, ainda que ele afirme não ter medo de ser visto de forma segmentada. “Jesus foi o primeiro a defender o Estado laico”, disse, ao lembrar a passagem em que o Messias cristão expulsa os vendilhões do Templo de Jerusalém.

BOLSA FAMÍLIA E COPA - O discurso conservador foi usado inclusive para justificar a promessa do pastor em ampliar o Bolsa Família, programa de transferência de renda que atinge 14 milhões de famílias.

Para o pastor, o programa foi criado com base em valores cristãos. “Não podemos deixar as pessoas com fome”, defendeu.

Gestor do programa Cheque Cidadão no Rio de Janeiro no final dos anos 90, Everaldo garantiu, porém, que além de ampliar o Bolsa Família, vai “acrescentar nobreza” ao programa, dando cidadania às famílias e oferecendo a carteira assinada. Às vésperas do início da Copa do Mundo, o presidenciável também defendeu a realização do Mundial no Brasil, apesar de considerá-la a mais cara da história. “Quero que dê certo e quero que o Brasil ganhe”, afirmou.