Enquanto o Brasil teve um aumento de 35% no número de consultas no serviço básico de saúde com o Mais Médicos, Pernambuco registrou crescimento de 21,5%, inferior à porcentagem do País.

No Estado, atuam quase 650 profissionais em 143 municípios e no distrito indígena sertanejo Xucuru.

Os números foram divulgados pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro (PT-SP), na abertura do seminário “Mais médicos para o Brasil, mais saúde para os brasileiros”, nesta segunda-feira (9).

LEIA MAIS: Foco do Mais Médicos agora é formação de profissionais Enfermeiros protestam em visita do ministro da Saúde ao Recife Segundo o Ministério da Saúde, os 646 médicos trazidos para Pernambuco beneficiaram 2,2 milhões de pessoas.

O aumento na quantidade de atendimentos de pré-natal em relação ao ano passado, quando o programa ainda não havia sido implantado, foi de 55,1% - percentual maior que o brasileiro, de 11%.

Foram consultados no período mais 32,2% pacientes com problemas mentais.

Na urgência, o crescimento foi de 24,3%.

O médico cubano Norge Rodriguez, 44 anos, atua com dois outros profissionais atendendo à população de Machados, no Agreste, realizando em média 350 consultas por mês.

Chamaram a atenção dele no Estado o número de pessoas com diabetes.

De acordo com o balanço, o programa permitiu ampliação de 10,4% em Pernambuco.

O número no País é de 45%.

Outro destaque do Mais Médicos ressaltado pelo ministro na abertura do seminário é a redução dos encaminhamentos aos hospitais especializados, de 20,8% em um ano. “Isso mostra que o atendimento primário é resolutivo”, afirmou Chioro, ressaltando que o programa contribui com a diminuição da sobrecarga nessas unidades de saúde.

Após críticas sobre o desligamento de médicos cubanos, como Norge Rodriguez, o ministro mostrou os números de saída dos profissionais: dos 1.558 brasileiros, 131 não estão mais no programa; dos 1.195 intercambistas (brasileiros e estrangeiros sem diploma validado no Brasil), são nove; e, entre os 11.442 vindos de Cuba, 14.

Sobre o desentendimento com as entidades médicas, Arthur Chioro respondeu que o diálogo está sendo restabelecido.

Com o fim das seleções maiores de brasileiros e estrangeiros para o programa, o Ministério da Saúde se depara com a meta de garantir a formação de profissionais para atingir o objetido de 2,7 médicos por mil habitantes em 2016, número igual à realidade atual do Reino Unido.

Para isso, deverá investir na graduação e na residência médica.