Ministro Arthur Chioro participou de seminário sobre Mais Médicos no Recife O Brasil espera ter, em 12 anos, atendimento básico de saúde semelhante ao do Reino Unido.

A meta em 2016 é ter 2,7 médicos a cada mil habitantes, o que equivale a um aumento de mais de 225 mil em relação à média atual, de 1,8.

Para isso, os investimentos serão voltados à formação de profissionais especializados para atuar nas áreas mais carentes do País.

A última inscrição prevista para brasileiros e estrangeiros trabalharem no programa foi este ano, na quinta chamada.

A informação foi dada no seminário “Mais médicos para o Brasil, mais saúde para os brasileiros”, que apresentou, nesta segunda-feira (9), um balanço dos 10 meses de programa com a participação do ministro Arthur Chioro (PT-SP).

O Mais Médicos, criado após a pressão popular por melhores condições de saúde nos protestos de junho do ano passado, aumentou em 21,5% o número de atendimentos nos municípios pernambucanos, percentual menor que o do País, de 35%.

No Estado, foram contemplados 143 municípios e um distrito indígena.

Com o objetivo de ampliar o atendimento primário de saúde e garantir melhorias na infraestrutura, o programa se baseia em eixos: a formação para o Sistema Único de Saúde (SUS) e o provimento emergencial, o que foi feito com a polêmica contratação de médicos estrangeiros. “É um equívoco achar que o Mais Médicos se restringe ao provimento de profissionais ao serviço básico”, afirmou Chioro para abrir o seminário.

Agora, o foco é a graduação e a residência.

Estão previstas até 2018 11,5 mil vagas de graduação, além das que já existem nas universidades em todo o Brasil.

Serão abertas este ano no Nordeste 1.07 vagas, 560 em instituições públicas e 547 privadas - a estimativa para o País é de 3.203 vagas.

Entre os desafios, estão a universalização da residência médica, a descentralização dos campus e a formação de docentes. “O Estado não tem estratégia para formar médicos de acordo com as necessidades”, reconheceu.

Uma das medidas para estimular a participação dos médicos no serviço básico é impor que 30% do internato sejam na atenção primária, com pelo menos um ano em medicina geral comunitária, dependendo da especialidade. “Se compreendemos o SUS como escola, acaba o pensamento de que só hospitais universitários formam.” Embora as seleções para o programa não sejam mais abertas, segundo os planos do Ministério da Saúde, Arthur Chioro adiantou que a adaptação dos médicos, muitos deles estrangeiros, também são essenciais na manutenção do programa: